domingo, setembro 23, 2012

Aos coelhos, na Amareleja
















Caça aos Coelhos
23/09/2012
Herdade dos Arrochais - Amareleja

Às 6h00 da manhã,  na Padaria Vitória, por ali escondida numa das ruelas da Vila da Amareleja, não falhou o cafézinho de termo e o pão quentinho barrado com manteiga que me confortaram o estômago, meio vazio, da longa viagem que fiz desde Lisboa . Aproveitei e mandei embrulhar 2 pães alentejanos para levar para casa.

A convite de um amigo meu,  da Empresa onde trabalho, dediquei o meu domingo a uma caçada num dos melhores coutos da zona,  feito este a que não podia faltar, de  maneira nenhuma.

Como cenário, 2.800 hectares de paisagens já muito áridas, agrestes e continuamente castigadas por uma seca persistente que nos assola de há muitos meses a esta parte.

Por ali nos aventurámos, naqueles barrancos profundos e  selvagens, que ladeiam a perder de vista o Rio Ardila, barrancos cheios de pedra de xisto, de rochas enormes e giestas secas , já castanhas de tão queimadas pelo sol implacável do dia a dia naquela terra.

A aventura foi só o de um dia de caça em terrenos pouco amigáveis e com muito, muito calor durante a manhã, a obrigar-nos a beber litros de água, porque o risco, esse, na verdade não existe (se os cães forem razoavelmente bons). Caçar ali é seguramente êxito garantido atendendo à densidade de coelhos existentes. "Moroços" enormes,  repletos de tocas, autênticas cidades subterraneas, dão guarida a milhares e milhares de coelhos espalhados por aquelas terras.

Os cães, esses, coitados,  não têm descanso,  e o que lhes vale são as pequenas charcas escondidas em juncos, por onde passam e saceiam a sede, e onde ganham novas forças para novas voltas e novos combates contra os orelhudos.

Os coelhos, quando descobertos e acossados, saiem tocados em correria desenfreada, com as orelhas coladas às costas. A preocupação deles é subir, subir, subir logo pelos barrancos acima. É por ali, é assim que eles sabem que ganham a batalha aos podengos e mestiços de toda a ordem. Se conseguirem fugir e chegarem lá acima sem levarem fogo e sem que os cães lhe deitem o dente, eles bem sabem que do outro lado está a salvação podendo entocar na outra vertente,nos buracos mais próximos.

Ao longo da manhã, a "estouraria" foi intensa. Quem captura mais são sempre as portas, cuidadosamente colocadas pelo Guarda à medida que as matilhas vão avançando no terreno.

Quem está de salto, com muitos cães  a caçar e a rodearem os matagais, aí os coelhos fogem mais afoitos e os caçadores acabam por se conterem e muitas vezes não arriscam atirar com os cães a latirem desalmadamente à sua volta.

No final, um quadro de caça generoso e à minha conta foram pendurados uma dúzia de orelhudos.

Dois já estão no frigorífico, cortadinhos e temperados com pimentão vermelho alentejano, para amanhã  fritar e beber umas "bejecas" fresquinhas.

J. Alves , quando quiser diga-me que eu vou lá outra vez... !

Um abraço amigo

sábado, setembro 22, 2012

Epitáfio de Rolas 2012





Cada vez menos... e foram nesta lua de princípios de Setembro( foto tirada em Pias à noite )

Bem que dizia o Zé da B.!

Deixámos de as caçar ... ! -este ano.

Abraço






terça-feira, setembro 04, 2012

Enquanto não vêem as rolas...pescam-se achigãs























Enquanto esperei pela abertura das rolas, acabámos por combinar um dia de pesca aos achigâs.

Não, a piscina que se vê não foi onde pescámos os achigãs mas sim o complexo rural em Alcáçovas para onde fomos , de véspera, descansar.

Logo após o pequeno almoço, aí pelas 09h30 dirigimo-nos para o local da pesca, ali para os lados do Vale da Arquinha.

Durante a manhã, com a ajuda das rapalas mas sobretudo das amostras de borracha entaladas em anzóis tipo "pescoço de cavalo" bom trabalho démos aos nossos amigos peixes. A caixa do equipamento está equipada para medir o tamanho do peixe  e a preocupação residiu em apanhar tudo o que fosse do tamanho legal. O que não atingia o comprimento estipulado hoje em dia pela lei era devolvido à água.

É um dos meus petiscos favoritos no Verão, pelo que logo que chegámos a casa, fui "amanhá-los" e ao final da tarde já estávamos sentados, a comer meia dúzia deles, com umas cervejolas bem geladinhas.

O molho para o achigã grelhado é simples: muito coentro picado, sumo de limão, manteiga derretida e tudo bem misturado e a pincelar durante a assadura.

Bom apetite.

Abraço