segunda-feira, dezembro 28, 2015

Caçar em Mértola



















Herdade de Santa Maria
São João dos Caldeireiros

À medida que a época de caça avança rapidamente para o seu termo, é normal que os resultados e os quadros de caça sejam cada vez mais parcos, mais escassos. O contrário é que seria anormal e, infelizmente, vemos isso muitas vezes.

Nesta simpática herdade onde faço algumas boas caçadas por época, tenho muita dificuldade em bem expressar o que me atrai para estas bravias terras.

As peças de caça são de inegável e até invejosa qualidade sobretudo quando comparadas com outros coutos, quase vizinhos e onde abastada gente "caça".

A foto de paisagem que acima coloco não reflecte, de modo algum, as dificuldades, por vezes extremas com que nos deparamos nalgumas zonas da herdade, sobretudo nos projectos de pinheiros, e na caça à perdiz.

Aqui, as perdizes quando embatem no chão não soltam penas como é tão característico das perdizes de cativeiro. Os coelhos, quando desalojados pelos cães, fogem desalmadamente para as suas tocas e não são daqueles que correm por todos os lados mas não sabem onde esconder-se.

Nesta altura da época, somente algumas portas bem colocadas garantem mais abates e, portanto, a possibilidade de atingir, no final, o cupo instituído pelos donos da exploração de caça.

De salto, nesta altura da época, se derrubar  1 ou 2 destas aves já é um bom resultado. Para muitos, para aqueles que só gostam de dar tiros mas que de caçadores pouco terão, não é o local aconselhado para a prática "do salto"

Agora para aqueles que gostam do desafio de conseguir o cupo de perdizes, com o perdigueiro pela frente, como eu tanto gosto, há algo que, como acima refiro, não consigo explicar a atracção de aqui vir caçar.

Depois do dia de caça, pernoitar e jantar em Mértola, permite-nos sempre, trazer de recordação uma foto daquela localidade que, à noite mais parece um presépio iluminado.

Dia 09 de Janeiro será a última jornada na Herdade de Santa Maria.

Um abraço amigo.







sábado, dezembro 12, 2015

Não desfazendo....




















05-1-2015
Salvada - Beja


Bom, não desfazendo nalgumas zonas de caça que, seguramente, serão bem melhores que esta, as fotos acima acabam por serem bem atípicas e desenquadradas da realidade desta caçada..

Só posso ter o grato prazer de dizer que, e aqui convenhamos referir que é obra, 2 amigos ( 2 espingardas) com os seus 2 bons cães de caça ( e seguramente que haverão muitos e bem melhores cães de caça que os nossos... ) nesta zona de caça fizeram umas belas perchas cujo total alcançou, no conjunto dos 2 dias, se não me falha a memória,  11 lebres, 4 coelhos, 4 perdizes, 1 pato e 1 torcaz, ou seja 10 peças por cada espingarda no conjunto dos 2 dias, 5 por dia/caçador. Falamos de caça de salto, não em linha ...!

Isto, em Dezembro, já praticamente a caminho do final da época.

Mas ainda vou fazer mais umas contas.

É que as fotos acima foram tiradas a meio da manhã do 1º dia ! - tenho de refazer os números.

Infelizmente, o autor teve o azar de, logo no 1º dia, sábado, de manhã, contrair uma lesão no tornozelo, e, no dia seguinte, domingo, com muita tristeza minha, tive de regressar a casa pois o inchaço e as dores já eram insuportáveis.

Quer isso dizer que, não tendo tido a oportunidade de tirar uma foto final no sábado à tarde, já por manifesta incapacidade física, ainda, nesse mesmo dia, apanhámos, os dois, noutras zonas do couto mais "perdiceras" como dizem os nossos vizinhos e confrades espanhóis, ainda mais uma lebre e 4 perdizes.

Só posso adiantar que é angustiante a cadela estar a dar com os rastos das perdizes, adiantar-se logo mais rápido como é normal, e o dono "sem perna" para lhe acompanhar o andamento. Era vê-la dobrar os cabeços e, quando eu devia estar em cima dela para conseguir atirar às perdizes, não o conseguia fazer - só ouvia as aves do outro lado a levantar voo e nem sequer as via ou sabia para onde iam.

No domingo, no dia do meu regresso, sobrou  tempo, pelas 08h00 da manhã, de conseguir sair do carro, a algum custo, e captar ( última foto de baixo) o espesso e sempre misterioso manto de nevoeiro que tapava quase por completo aquelas terras.

Pois durante esse dia, o meu amigo PL e o seu inseparável 'Sado' ainda conseguiu um cupo de + 2 lebres + 2 coelhos+ 1 pato + 1 torcaz.

Assim "brincamos" por estas fantásticas terras de caça que, comparadas com muitos coutos em Mértola, onde usualmente se caça em linha, acabam por ser individualmente mais produtivas e dão muito mais "escola" aos cães..

Entramos na quadra natalícia e o tempo vai sendo agora mais para a família.

Para o ano, com os desenvolvimentos ali existentes dos projectos de rega do Alqueva, adivinho, pelo tipo de culturas e plantações previstas,  que vamos ter por aqui mais codornizes, mais lebres e, se o tempo correr de feição, mais coelhos e perdizes.

Um abraço amigo.

terça-feira, dezembro 01, 2015

Tributo à Inka




A Inka, de guarda ao seu espólio do dia.






























28-11-2015
Terras de Beja

Neste sábado havia marcado encontro na Herdade do Jarropal, em Mértola para uma caçada em linha, à perdiz, com os amigos GS e PL.

A Inka, estando em pleno cio e ainda por cima já nos seus dias férteis, levou-me a tomar a decisão e optei por substituir aquilo que iria ter no Jarropal pelo que tive na Gravia Grande.

Embora privando-me da companhia dos meus amigos, em boa hora o fiz.

Estas são verdadeiramente terras de caça, sobretudo para a praticar, de salto, com o nosso cão de parar, pela frente.

E aqui, hoje, vejo-me obrigado a fazer uma sincera e sentida homenagem de gratidão à  minha cadela, que esteve verdadeiramente endiabrada neste dia.

Todo o caçador tem a propensão de considerar que o seu companheiro de 4 patas é quase sempre melhor do que os outros.

A Inka, do canil Alão de São Bartolomeu, foi por mim repescada há 5 anos atrás, quando andava com uns tenros 5 meses de idade, perdida algures nas herdades de Ferreira do Alentejo, a caçar praticamente todos os dias, ao lado do dono da exploração da caça. Caçava para todos, dentro de toda a linha, era um pivot de equipa sem rei nem roque, sem instrução nenhuma de posicionamento e educação.

Depois de observar a cachorra, repito,com os seus 5 meses de idade, em 3 ou 4 lances, em que bateu claramente em mestria e nariz todos os outros cães que por ali caçavam, escolhi o meu alvo. Tinha de ter aquela cachorra para  mim.

Alguns meses mais tarde consegui-o, finalmente, e, desde então,  tornou-se  na minha inseparável companheira das lides cinegéticas . Já me desapontou algumas vezes na caça ( sim, quem não erra?) mais por impaciências do dono do que propriamente por erros dela, mas as alegrias sempre se sobrepuseram em larga escala às decepções, nesta arte, nesta escola de virtudes que é o acto de caçar, quer para o dono quer para o seu cão.

Quando para aqui venho, para a Salvada, procuro sobretudo o espaço, amplo,  que me é impossível encontrar na cidade, procuro também  o silêncio da natureza nestas terras do Alentejo, mas, sobretudo, procuro e geralmente alcanço uma profunda paz de espírito e tempo de sobra, para mim próprio.

Procuro esse desafio, de me superar a mim mesmo na luta pela descoberta e captura de caça, neste adiantado da época em que lutamos quase em igualdade de circunstâncias. Eu, com boas armas e munições, elas, as espécies, a caça, que já me reconhece à distancia, com toda a sua artimanha de camuflagem e fuga muito antes de poder chegar perto. É assim a caça de final de Outono, esperta, matreira, leva-nos muitas vezes quase ao desespero de a vermos escapulir-se deixando-nos muito poucas hipóteses de êxito.

Voltando ao meu dia de caça, a meio da manhã já tinha vindo ao carro largar 2 lebres, primeiro brilhantemente detectadas e depois levantadas pela Inka em olival velho que por ali conheço. Saíram as duas a jeito, a correr à frente dela e, confesso, também não deixei os meus dotes de atirador médio em mãos alheias. Dois passos rápidos ao lado, dois tiros bem centrados e, secos, deram a merecida resposta e oportunidade à cadela de fazer 2 belos cobros.

Na linha de caminho de ferro da povoação de Quintos, mudava de cartuchos na sobrepostos e fazia mais 3 codornizes.

Como sempre, um bando de perdizes daquelas que lá nasceram e que já "a sabem toda" colocaram-se longe, do outro lado da ribeira, intransponíveis. A sacrifício, ainda fui lá ver delas, mas devem ter-se entranhado dentro da terra, pois nem uma mais vi.

Baleizão estava ali pelo caminho e parei para comer uma bela sandes de presunto em pão alentejano e beber uma taça de vinho novo branco, Margaça, da zona de Pias,tudo rebatido com um café bem quente.

Até à hora do almoço, ainda visitei uns terrenos de lebres. Uma fugiu-me pela frente, longe, sem dar hipótese. Fiquei a vê-la correr até desaparecer no horizonte. A outra, ia completamente distraído a olhar para o chão quando olho para o lado e vejo-a a escapar-se, lesta, direi mesmo desalmadamente para dentro do olival do espanhol. Esta dava-me tiro, mas caça é isto, umas vezes saímos vencedores nos lances outras vezes o oposto, bem derrotados.

Ao almoço, com um magnífico dia de sol, frango assado no churrasco, com batata frita e salada de tomate maduro, com muita cebola. Uma taça de vinho tinto, um pudim de ovo e um café escaldado.

Aproveitei,  comprei e arrumei no porta bagagens 10 litros de azeite novo, puro e autêntico, do melhor que por ali se faz, por um dinamarquês sediado na região, proprietário de um belo monte, K. Larsen.

Depois de deixar alguma bagagem no Monte da Gravia, meti a espingarda e a cadela dentro da carrinha, mais um punhado de cartuchos e dirigi-me a uma conhecida zona de perdizes.

O sol já ía caindo ( agora às 17h30  é praticamente de noite) quando levantei o primeiro bando. Foram para muito longe, desanimei logo. Mesmo assim, fui-lhes no encalço. De caminho a Inka começa a dar-me sinais claros de perdizes por ali e por baixo de uma oliveira, com o vento de ventas, parou. Acelerei o passo e ao virar a oliveira a perdiz arranca, brava, escondendo-se com outra oliveira. Tiro rápido e veio cair na encosta. A braco corre, rápida, ao tombo e ainda ferida, consegue agarrá-la, segurá-la bem na boca, e trazer-me a ave à mão.

Já ia virando para o carro quando, numa cerca de arame farpado, encostada a uma lavrada enorme, mas com pastos só por baixo da aramada, a Inka descobre um "túnel" no pasto, mas baixa imediatamente o quadril e começa a abanar rapidamente o rabo, tipo pincel.. Não demorou quase nada, 4 ou 5 segundos depois o coelho estava a sair pela minha frente e a correr para trás, bem direitinho às tocas. Um tiro certeiro, a uns 25 metros e ficou redondo.

As fotos acima reflectem o que para mim foi um dia perfeito de caça.

Na primeira consegui com o telemóvel uma paragem da Inka a codorniz. Escusado será dizer que a ave fugiu. Mas eu consegui o que queria, A foto da paragem. Não é bem das melhores mas é para mais tarde recordar.

As seguintes são para a recordação.

Oh happy day !!

Abraço amigo.





quarta-feira, novembro 25, 2015

Caçar na Salvada.







Com o resultado da caçada de ambos decidimos tirar foto
um ao outro.


















22-11-2015
Salvada
Terras de Beja


Fim de semana divertidíssimo.

A caçada caracterizou-se pela diversidade na captura das espécies.

5 Lebres, 5 coelhos, 17 codornizes, 1 pato e 1 perdiz compuseram o quadro final.

Nas fotos acima, com o quadro de caça ainda incompleto, tiradas no domingo já após um almoço ligeiro no monte, estávamos na recta final,  que nos permitiu ainda dar uma voltinha de 1 hora às perdizes, com a tarde já praticamente a dar lugar ao cair da noite.

Na segunda foto, os maravilhosos terrenos onde, na Salvada, caçamos à perdiz, aqui já praticamente no por-do-sol, fantásticos para a caça de salto ( a cabeça da Inka sobressai na parte debaixo da foto, misturada entre as giestas e os pastos densos e altos).

Na primeira foto, trata-se da nossa próxima visita. Temos planeada uma volta por todos os montados até chegar àquele casario. São zonas de muitos hectares, onde ainda não caçámos este ano e a expectativa , por isso, é elevada. O guarda diz-nos que por ali temos das esguias, que temos de fazer ali uma volta inédita: começar do C. e vir ao contrário, com o sol pelas costas, para não as meter todas, umas para a outra margem do Guadiana, outras para dentro de outro couto ali existente.

A ver vamos.

Se Deus quiser por aqui estarei para contar como foi.

Abraço amigo.









quinta-feira, novembro 19, 2015

De volta a Beja.



Primeiro dia. Boa caçada.

Procurando a lebre

Ainda fui à procura de um coelhote mas lavraram tudo.
As lebres foram as da manhã.

Sem ela, nem um décimo conseguiria.

Ao final da tarde.













































































Salvada
Beja
15-11-2015


Se no dia anterior as coisas até estiveram a correr de feição para o meu amigo PL, já no que me diz respeito posso garantir que o dia esteve claramente do lado da caça.

Caçando praticamente lado a lado, o PL lá foi paulatinamente emoldurando a sua bonita percha de 10 codornizes, uma lebre, um  coelho ( podiam ter sido 2 ou mesmo 3) e uma perdiz daquelas com calos nas patas.

Da minha parte, cadela desconcentrada ( está a entrar no cio) logo, dono desconcentrado, codornizes falhadas umas atrás das outras, cupo de 4 ou 5 delas e pouco,aliás, nada mais.

À noite, juntei-me aos nossos habituais amigos dos patos, em Santa Luzia,  mas foi, para prosseguir na mesma senda do meu "espectacular" dia de caça, o pior dia de patos que tivémos até hoje. Abatemos 7 ou 8 reais, nada mais.

No dia seguinte (o PL tinha regressado de véspera a Lisboa) decidi a estratégia: Dar caça às lebres!

Às 07h15, já no campo, agora sem companhia de cão, a Inka caçava de forma exemplar, muito diferente do dia anterior, mas que me deixou  a pensar que também os animais 'pensam menos na caça', nestas alturas.

Caçar à lebre é um estilo e um ritual que obedece a diversas vertentes de conhecimento.

Há que levar em linha de conta variados factores, a temperatura do dia, o tempo que fez e faz, e procurá-la nos sítios certos, aqueles que a experiência nos ensina que elas estarão. Só os anos e a experiência nos dão esses conhecimentos.

Com vento já frio, a lebre procura, nestes dias de sol, as restolhadas macias que circundam os olivais. Gostam de fazer a cama na terra amaciada e há que aí ter paciência e procurá-las com minúcia. Parar de vez em quando, fazê-las sentir que lhes estamos a invadir o território, deixando o nosso companheiro procurar à vontade mas não lhe dar 'muita trela' pois, assim, irá levantá-las longe e sem hipótese alguma de tiro.

Do lado sul do que chamamos o olival do espanhol e virados para a estrada de Quintos os restolhos expostos ao sol da manhã logo ali nessas orlas do olival e até ao rio que corre por baixo da estrada de alcatrão, esses, neste dia,  foram os meus locais predilectos.

Uma a uma, consegui capturar 4, deixar a Inka correr mais 2 sem hipótese de atirar fora de tiro e cometer a proeza de levantar um par delas aos meus pés e falhar ambas, um tiro para cada uma e lá foram as 2.

Após o almoço, hesitei entre ir para o Guadiana às perdizes ou ir tentar o cupo das 10 codornizes.

Como estava muito cansado da véspera, optei pela caça mais divertida, menos emocionante mas muito mais divertida e carreguei os bolsos do colete com B&P MB Extra Ch9 - 30 gr.

E aqui, a Inka, esteve uma vez mais absolutamente irrepreensível. Corria uma leve brisa  de vez em quando o que permitiu paragens lindíssimas. De permeio,  perseguições com guias de várias dezenas de metros, nariz no chão no rasto, paragem, levante, tiro e cobro. Diversos.

No final a foto com o cupo legal e um regresso feliz a casa, sem sobressaltos.

Na segunda-feira, no trabalho, é que foi o pior. É sempre assim, após um "tareão " de 2 dias. Mas na terça, já estava novo e pronto para outra.

Um abraço amigo





sexta-feira, novembro 13, 2015

Herdade do Jarropal - Mértola





















07/11/2015

Uma Herdade bonita de se caçar.

Muitas e belas perdizes e abundância de lebres.

Infelizmente não consegui tirar a foto do quadro de caça final.

Esta ultima foto já lá não foi tirada mas faz parte também da minha jornada.

O Jarropal , perto de Corvos, caracteriza-se por terrenos ondulados, bons para caçar de salto à perdiz e à lebre. À extrema, uma serra de giestas com uma vista absolutamente deslumbrante.

Em Dezembro temos novo encontro marcado.

Abraço amigo.







segunda-feira, novembro 02, 2015

O nosso amigo do Norte



Haja alegria e Amizade.

Resultado de um dia de caça.
O autor. O meu estimado amigo do Norte tirou a foto.
































Salvada - Beja

Um dia muito bem passado, a caçar,  com os nossos cães.

De manhã, andámos entretidos atrás das codornizes.

Demos depois um saltinho rápido a outra zona diferente e metemos mais 2 coelhotes na mochila.

Após o almoço, mo mercado da Salvada, derreter as calorias atrás das perdizes. Forte e feio.

Já no final, ao cair da tarde...caiu a lebre.

Espectacular lugar para desenvolver as capacidades dos nossos companheiros de 4 patas.

Muito ali aprendem.

Um abraço amigo.








Boa época de codornizes















Salvada
Planícies de Beja
Voacaça

Dia dedicado às africanas.
Bom trabalho dos cães ( que faríamos nós sem eles?).
A pontaria também esteve bem afinada nestes 2 dias.
36 aves capturadas.
Nota-se, já, o êxodo para as terras de África, por certo.







segunda-feira, outubro 19, 2015

Notável



Beja, coelhos, lebres, perdizes e patos à noite.


















A satisfação não me permite esquecer as caçadas deste fabuloso fim de semana.

Sempre com o tempo a ameaçar chuva ( e choveu bem ) eu e o PL soubemos escolher e aproveitar muito bem os nossos cantinhos.

No dia 17, depois de capturarmos 2 lebres num pequeno olival e algumas codornizes até às 09h30, não nos restou outra alternativa senão fugirmos das fortes chuvadas, tocadas a vento sul, forte, na ordem dos 50 km/hora e procurarmos refúgio perto, na vizinha aldeia de Baleizão.

Na terra tinha faltado a luz mas, no café central, com a boa vontade das gentes locais, logo apareceu em cima da nossa mesa uma cesta com pão escuro alentejano, um chouriço assado bem quente e o bom vinho branco que tão bem por ali se faz.

Reconfortados os estômagos e durante um interregno da chuva, fomos dar conta de mais um trio de lebres e um orelhudo, bem como adicionar às perchas mais algumas codornizes.

Ao almoço, já bastante tarde, no mercado da Salvada, servimo-nos de um belo de um achigã escalado e bem grelhado, uma salada de tomate maduro e um jarro de branco das albernoas.

À noite, conforme já tinhamos combinado,  juntámo-nos ao nosso "grupo dos patos" e fomos esperar alguns a Santa Luzia. Apareceram bem, a entrarem bem ( também falhámos bem) e derrubámos uma vintena destas aves. O espectáculo dos patos a entrarem em bando ao cair da noite no açude, o silêncio quase sepulcral com que ansiosamente os aguardamos, e logo de seguida o estrondoso barulho dos tiros na noite,pelo conjunto das armas,  é algo que temos mesmo muita dificuldade em esquecer. O "bichinho" fica e logo a seguir à caçada já queremos voltar.

Dia seguinte: chuva a cair incessantemente até às 08h30 da manhã. Há que esperar dentro do Monte, entre 2 cafés,  para ver o que vai acontecer. Depois o céu abre, timidamente, mas abre. Cães para dentro dos carros e há que seguir caçando, desta vez naqueles terrenos da herdade e que ladeiam a margem do rio guadiana e que podemos ver acima na foto.

A volta foi muito bem delineada e conseguimos alguns bons exemplares. Sem os cães, que têm evoluído e desenvolvido as suas capacidades de caça, de uma forma notável, seguramente que não o conseguiríamos.

No regresso, o cão do PL resolveu desaparecer atrás da cadela de guarda ao Monte, que está no cio, e obrigou-nos, aquele malandro, a ficar ali, perto de 2 horas à espera que acabasse o "serviço". Duas horas após e depois de muitas incertezas e alguma angústia natural à mistura por parte do dono, aparece, algo maltratado pois de certeza envolveu-se em pelejas bem ferozes com outros na disputa da fêmea.

No entanto regressou e, assim,tudo acabou em bem, com um regresso a casa, de satisfação mas pessoalmente  muito cansado. Aquelas fragas, atrás das perdizes, já vão pesando nos 60 anos das minhas pernas. Ainda assim, sinto-me numa forma invejável quando me apercebo que lá vou dobrando aqueles cabeços,uns atrás dos outros, quase todos, muitos inclinados, alguns perto dos 45º de inclinação.

Um abraço amigo.



sábado, outubro 10, 2015

Codornizes - uma paixão























10-10-2015

Hoje não fui mas o meu estimado amigo PL não resistiu e foi ver de umas codornizes que por lá havíamos encontrado na volta das perdizes do dia anterior.

Bem dito, bem feito.

Até às 11 da manhã, com ventos de 40 Km e com o seu inseparável "Sado" bem deu nelas, cobrando nos limites e regressando a casa ainda antes de chegar a chuva a Beja.

Um abraço amigo.





Salvada II


Logo à 1ª hora da manhã.
Escolhido o olival e restolho numa hora cobrei 2 lebres. Nada mau

Já noutro local.
Há que retemperar forças com o taco. Perdizes de seguida.


























Cupo do final da manhã.
3 lebres, 1 coelho, 2 perdizes.

A minha percha dos 2 dias de caça.
4 lebres, 2 coelhos, 4 perdizes, 3 codornizes.

































Salvada, 9 de Outubro.

Terra de caça onde há de tudo um pouco.
Para caçar com cães de parar.
Sem igual.



Salvada I


Final da manhã. Hora do almoço. À volta de Quintos.

Após o almoço, no calor,  há que descansar 1 ou 2 horitas.
O pátio da Gravia Grande.
Nesta noite aqui dormi, sozinho.
A inka dormiu, no chão do quarto,  aos
meus pés












Na volta da tarde fomos dar uma volta às perdizes.
Ficou um casal  adulto. Foto tirada no quarto.























Salvada-Beja, 08.Out.2015


Novo belíssimo dia de caça.
Cupo individual:
1 lebre, 1 coelho, 3 codornizes, 2 perdizes




sábado, outubro 03, 2015

Abertura Geral às Perdizes




















01 de Outubro de 2015
Mértola- São João dos Caldeireiros
Um regresso à Herdade de Santa Maria

Não podia falhar esta abertura às perdizes  num dos locais onde na pretérita época de caça tanto me tinha divertido.

A Herdade de Santa Maria, a uns escassos km de São João dos Caldeireiros.

As perdizes voltaram a criar bem esta primavera (perto do monte descobrimos no pasto um ninho com doze ovos eclodidos). A criar bem neste local, estiveram também os coelhos, que não se ficaram atrás.

Soubemos que em 4 caçadas com cães adequados, já capturaram perto dos 200.

Entre caçadores de salto e de portas, as perchas foram generosas e, mesmo com muito calor, consegui 6 bonitas aves, 1 lebre e falhar escandalosamente 2 coelhos. Um deles irrepreensivelmente parado pela Inka num monte de lenha e estevas, saído a terreno limpo e com 2 tiros atrás.

De resto, penso que estive a atirar bem, em dia sim, com eficácia.

Um dia muito bem passado, na companhia dos amigos GS e PL que também não deixaram os seus créditos por mãos alheias.

Ao almoço, no monte da Herdade, uma galinha de cabidela sempre saborosa e reconfortante.

Esperemos, uma vez mais, para melhores performances dos nossos cães,  que o tempo refresque.

Abraço amigo







segunda-feira, setembro 28, 2015

Fim dos treinos II



Aproveitar a oportunidade.
Captar, rápido,  o Sol a espreitar ao nascer do dia

Oh que grande manhã de caça.





























27/09/2015

Espectacular trabalho matinal dos cães e dos seus donos.

O PL com 3 lebres cobradas e 2 coelhos

Eu com 2 lebres.

Volta de 2 horas, não mais.

Depois ainda fomos a outro sítio capturar mais meia dúzia de codornizes.

Regresso cedo a Lisboa.

Em contagem decrescente.

Abraço amigo.




Fim dos treinos I


Ponto de encontro: antiga estação ferroviária de Quintos.
A alvorada.

A meio da manhã, temperaturas já muito elevadas.
 Cupo da manhã.
Tudo muito suado
.

Voltinha da tarde.
Mais um orelhudo e um par de codornizes.
Quem por aqui não quer caçar?














































26/09/2015
Beja- Salvada.

Os nossos cães atingem já um nível de treino assinalável para o que de melhor ainda aí vem: 

- a caça geral à Perdiz !

Nesta época de codornizes esse foi o nosso principal objectivo. 

Tivemos matéria-prima, tempo e, graças a Deus, saúde para tal. 

Os nossos cães, parece-nos, estão numa das melhores formas de sempre:

  1. O"Sado" cada vez mais aprimorado, de nariz fino, mais comodista na busca mas certíssimo em lances capitais de paragem.
  2. A "Inka" cada vez mais uma máquina de combate, não olha a matos nem dificuldades para de lá de dentro enxotar a caça para fora.
  3. Ambos, espectaculares no cobro das peças abatidas.

Em contagem decrescente.

Abraço amigo.






segunda-feira, setembro 21, 2015

O fabuloso mundo da caça à codorniz





















Setembro de 2015


De uma forma perfeitamente natural vai chegando ao seu termo o fabuloso mês de Setembro, na Salvada, em Beja, nosso local de eleição para a caça à codorniz.

As extensas planícies desta zona de caça, ricas em comida e refugio para a codorniz, fazem dela o nosso destino predilecto para a modalidade.

Contudo, com a lenta passagem dos dias, alguns contingentes destas aves, com o arrefecer das temperaturas nocturnas, vão regressando às suas terras de origem, em África, para, um dia mais tarde,no ano seguinte, retornarem a esta região. Há que aproveitar.

Destas jornadas, recordamos, sobretudo, os pormenores e a envolvência destes dias fantásticos que nos atraem para aquelas terras sem fim do sul de Beja.

Capturar as aves é sem dúvida um objectivo nosso, mas são os grandes pormenores e a partilha com os companheiros e amigos que nos rodeiam,  que nos deixam ficar verdadeiramente extasiados por esta caça.

  • É uma caça de verão, sempre com temperaturas agradáveis, pelo menos do meu agrado. Não sou avesso ao calor mas sim à chuva,vento e frio. Tenho tempo para estes últimos. Vivamos o verão.
  • Dias inteiros ou até, mesmo,  fins de semana, sem ter acesso a qualquer écran de televisão. E, francamente, o telemóvel também já vai ficando a mais, mas deste somos hoje em dia muito mais dependentes. Temos, nestas alturas de lhes dar um uso o mais limitado possível.
  • O meio rural, as gentes e costumes do Alentejo, as cores e intensos cheiros matinais dos pastos e restolhos ainda pouco orvalhados , os rebanhos de cabras e ovelhas que pela madrugada regressam em fila ao pastoreio, aquelas noites estreladas inesquecíveis, observadas directamente do pátio do Monte da Gravia, onde, por vezes, sozinho, me sento e sinto bem comigo próprio, deixando a cabeça da cadela repousar, apoiada nas minhas pernas.
  • A gastronomia alentejana, os bons e apaladados queijos de cabra e ovelha, o bom e maduro melão de sequeiro, as saladas tomate maduro, os vinhos brancos gelados que sempre nos caem  tão bem em almoços e jantares.
  • O propositado regresso aos campos ainda no mesmo dia de caça, pela tardinha, deixando cair o sol no horizonte e caminhando de espingarda nos braços até mesmo ao cair da noite. A magia desse por-do-sol, dos restolhos amarelados prontos a serem de novo lavrados, das queimadas de fim de Setembro, enfim de toda aquela paz que nos inunda os corações e a alma.

A  caça à codorniz em si, constitui uma autêntica, verdadeira escola para os nossos cães.

O limite legal de captura são de 10 aves por jornada mas, destas 10,  cerca de 2 ou 3 lances ficam quase sempre marcados na nossa memória. Ou pela positiva ou pela negativa.

Neste dia, recordo, com muita alegria, um lance em que a Inka perseguiu pelos pastos uma codorniz cerca de 20 ou 30 metros, com diversas paragens, difícil mas sempre segura, até uma última paragem ao de leve e o arranque forte da ave. Tiro e cobro imediato, suave de boca. Basta-me estender-lhe a mão que ela deposita-me a ave,  quase intacta.

Um segundo lance, viragem repentina e, quase em ângulo recto mas de cabeça bem levantada, a cadela pára. Preparo a arma e, sem pressas, dou a volta por forma a que a ave saia a jeito de ser atirada ou por mim ou pelo PL,  a quem faço sinal da paragem para que fique atento. Depois de desfrutar algum tempo da paragem resolvo mostrar-me à ave. Saltou, sim, veloz, não uma codorniz mas sim uma lebre que por ali certamente havia-se deitado pela manhã para aquecer-se com o sol nascente. Encoberta, quase sem a ver, tiro de vulto e deixo de a sentir a correr nos pastos altos. Sinal de que tinha ficado. A Inka prosseguiu em correria, sem se ter apercebido, devido ao tamanho dos pastos, que a lebre tinha ficada para trás, estendida. Mas cedo se apercebeu e instantes depois regressa, trabalha a ventos por mim incentivada e, radiante. traz-me a lebre pendurada na boca. Nada há de mais bonito e belo do que um perdigueiro a cobrar uma lebre.

Até à próxima caçada.

Abraço amigo.













quarta-feira, setembro 16, 2015

Dupla jornada


1º dia: Logo bem cedo, cupo no limite.


2º dia: limite legal alcançado pelas 11 horas da manhã.

Uma volta à tarde pelo NC.
Evitar os golpes de  calor. Obrigatório dar de beber ao
nosso companheiro de 4 patas













































Aqui, só pode haver codornizes.

Ao cair da noite espera aos patos.








































Dupla jornada em Beja e arredores.

De salto, às codornizes e uma espera no final do dia aos patos.

Bons momentos.

A Inka esteve irrepreensível, sobretudo nos cobros.

Abraço amigo