segunda-feira, dezembro 31, 2018

Caça em fim de época.




















29-12-2018
Moreanes - Mértola


A amável convite dos proprietários da Herdade, já numa caçada de família e amigos, fomos ali realizar a última caçada da época à perdiz.

A qualidade continua a mesma, ficaram muitas para criar, mais que na passada época segundo nos referiu o dono das terras, mas as capturas, agora,  são naturalmente bem menores.  Nestes dias matam-se poucas mas os peitos bem encorpados e as patas e bicos são de cor vermelho sangue, processo natural de crescimento e amadurecimento das aves.

Os lances, esses,  nem por isso deixam de ser espectaculares, como só mesmo a caça nos pode proporcionar.

Recordo a lebre acima, bem levantada e corrida pela Inka, a cerca de 35/40 metros. Primeiro disparo e sinto que a lebre acusou o tiro. Ambas atravessam uma ligeira ribeira e correria do outro lado até desaparecerem da vista. Estranhei a Inka não regressar e começo a chamá-la , já preocupado.

O meu companheiro de linha, na  direita , avisava-me alguns minutos depois: "não se preocupe que a cadela vem com a lebre na boca". 

Mais tarde soube, ainda,  que outro confrade terá ajudado a inka a desembaraçar-se de uma aramada. Em cobro e com a lebre pendurada na boca, tentou saltar a vedação e ficou presa pelas pernas traseiras. Rapidamente, aquele amigo pousou a espingarda no solo e ajudou o animal a superar a dificuldade, soltando-a dos arames. Grande perigo estas situações. Os nossos fiéis companheiros de quatro patas são nobres e não se apercebem destes perigos.

Assim, mais uma grande alegria .

Pergunto-me: que sentido fará a caça  sem um cão de parar, se possível um bom cão pela frente?

No final, 14 espingardas, com resultado de 21 perdizes e 12 lebres.

Depois de um bom cozido de couve, um tinto do Douro, e um bom arroz doce, regressámos a Lisboa, com alguma nostalgia nas almas dado ter sido a última  nesta zona de caça, mas já a pensar na Mãe Natureza que, se Deus assim o quiser, a há-de repovoar generosamente,  naqueles mais de 3.000 hectares de terras, novamente com bons e muitos bandos de perdizes.

Perdiz vermelha é sinónimo de amor de perdição para nós os que, humildemente,  entendemos estar na classe dos verdadeiros caçadores.

Abraço amigo.





domingo, dezembro 30, 2018

Um chibato às perdizes


Terra fértil em caça.






























22-12-2018
Concelho de Mértola


A época avança inexoravelmente para o seu final e , neste dia , apanhei o primeiro chibato às perdizes.

Embora tenha visto diversas ( ao longe),  as perdizes, desta feita e para minha arrelia,  hoje nada quiseram comigo.

Valeu-me uma lebre adulta,  levantada aos meus pés, que deixei alargar e,  com  tiro certeiro, enfiada com os canos da espingarda, ficou-se estendida no esteval.

Mais tarde e já de regresso ao monte da Herdade, houve quem quisesse divertir-se um pouco numa zona com coelhos e para lá levaram alguns cães adequados a esta caça, podengos, indefinidos e outros. Limitei-me a ir atrás deles, sem nenhum intuito menos claro e a inka fez o resto.

Numa zona de estevas com semeada de centeio ao lado, a cadela deu um toque a ventos, virou-se finamente, o coelho pressentiu e rapidamente saiu em correria para dentro do "sujo". Não chegou lá.

O segundo, só conseguia ver as pernas dianteiras da inka, imobilizada, dentro do mato. O coelho, assustado, arranca, a cadela dá a estocada habitual e corre em sua perseguição. Com tiro de instinto, à zona, só me apercebi que tinha morto o coelho quando descobri que a inka levantava a cabeça, por cima das estevas, com o coelho pendurado na boca, procurando saber onde me encontrava.

Um bom e quentinho cozido de grão, com um tinto maduro da região, lá minimizaram a ferida do chibato às perdizes.

Um bom dia de caça.

Abraço amigo







quinta-feira, dezembro 06, 2018

Dia da independência



















Mértola, 01-12-2018

A celebrar o dia da Restauração da Independência de Portugal, estivemos foi por terras de Mértola, em belíssima jornada de caça de salto à perdiz vermelha.

Já com a manhã a nascer, na foto acima, inundando o céu de ricos tons de alaranjado, prenúncio do melhor tempo possível para este dia, tomámos o pequeno almoço e saímos directamente do Monte, estrada fora, 7 ou 8 caçadores, de espingardas  ao ombro e com os cães perdigueiros a correrem e a saltitarem pela frente.

Ultrapassado um olival velho ali existente que alberga sempre um bando de perdizes, mas que não deram tiro, curioso foi que, as primeiras peças de caça a serem por mim avistadas foram... 3 grandes javalis, enxotados pela linha de caça e em corrida desenfreada pelo monte abaixo, passando-me a cerca de 30 metros, bem destacados. Em Montaria seriam, decerto, belos alvos aproveitados pelos monteiros. No entanto, abstive-me de atirar, claro, com chumbo 6 na espingarda nada faria, limitando-me a observar a sua longa corrida pelo montado, que culminou em rebentarem estrondosamente com os arames farpados junto a uma estrada, esgueirando-se então para o lado oposto.

Minutos mais tarde, realço lance com perdiz fugida da linha de caçadores, voando de través, da minha direita para a esquerda,  a uns bons 40 metros de distância. Pareceu-me ter sido um tiro certeiro da minha parte, pois a ave enrolou-se toda no ar e caiu, "redonda",  baqueando no solo. Chamei a Inka que não tinha visto o lance, e dirigi-me com o V.B., na foto,  para o local, para apanharmos a perdiz. No sítio, 3 ou 4 penas avistadas , mas, da perdiz, nada. Tinha, seguramente, escapado, a patas,  aproveitando a vegetação rasteira. Voltei a chamar a Inka, que tinha desaparecido do local, pois seria a nossa única hipótese de ajuda já que, depois de voltas e mais voltas,  não havia meio de encontrarmos a ave. Mas a cadela não voltava e já desesperávamos dando a perdiz como perdida, quando, subitamente, saindo por entre umas pedras e a uns bons 100 metros, aparecia a Inka,  com a perdiz na boca!. Grande alegria e grande trabalho da braco alemão. Siga!

O resto da manhã decorreu, alegremente,  entre lebres paradas e corridas pelos cães, tiros certeiros e bons cobros, perdizes a fugirem e a caírem das alturas, derrubadas também por tiros certeiros, oferecendo belíssimos lances de caça.

Recordo, dentro de um amendoal, 3 ou 4 perdizes a surgirem, fugidas da linha, de asa aberta, altas, para passarem por cima de uns eucaliptos junto à estrada e refugiarem-se na reserva ao lado. Na ponta de enrolo, na direita da linha, o P.L. aponta e,  em "tiro de rei", acerta numa que, desamparadamente, cai, com estrondo, de certeza sem nunca ter sabido o que lhe aconteceu, tal o irrepreensível impacto do tiro.

Construídas as belas perchas da manhã, esta zona de caça continua a provar, para nós,  ser uma das melhores do concelho, quer em rolas no verão, também muito pato e torcazes no inverno, e caça geral nos meses de outubro, novembro e dezembro.

Abraço amigo.





quinta-feira, novembro 29, 2018

Um golpe de mão.



















Serpa 25-11-2018
Uma caçadinha de salto à perdiz

  
Uma pequena brincadeira de salto, com 4 espingardas que se tornou deveras agradável.

As lebres, como previsível, apareceram nas ribeiras e matos, resguardadas do frio e chuvadas do dia anterior e a indiscutível qualidade das perdizes ajudou, também,  ao divertimento,  com 4 aves capturadas.

Recordo trabalho da Inka sobre bando de perdizes descobertas a ventos e guiadas desde bastante longe, mas, com o apito de coleira, lá fui refreando o avanço da cadela que, de cabeça sempre bem levantada e ao vento,  esperava ( um pouco). Cerca de 60/70 metros de guia, abordagem de um cabeço pouco pronunciado e...lá estavam elas, do outro lado, cerca de 8 ou 10 a levantarem, bonitas mas largas.

Destaco uma e disparo sem êxito. Logo ali, no entanto, arranca uma quase aos meus pés, a 5 ou 10 metros, indiciador de este ano ainda ali não se ter caçado à perdiz.Tiro pelas costas, queda, e cobro imediato da Inka, sem mágoa.

A outra, levantou-se aos cães do P.L. e, por cima das azinheiras, voou, bravíssima, por cima da copa das azinheiras, escondendo.se do R.E. e abrindo as asas, em grande velocidade, mesmo por cima de mim, já em revoada. Um tiro certeiro, secou-a no ar e caiu bela, com estrondo, permitindo à Inka um cobro à vista e fácil.

Belíssimos lances.

Ficarão, agora, por ali, a criar bem, e se Deus quiser, para a próxima época de caça lá estaremos.

Abraço amigo.








Moreanes - Mértola - Onde mais?





















24-11-2018


Esta Herdade continua a surpreender-nos pela positiva , quer pela excelente articulação que é feita da linha de caçadores , mas ajudada também pelo detalhado conhecimento da organização:

- dos terrenos;
- da localização dos bandos de perdizes que, nesta fase, já vão "encolhendo" o seu número de efectivos.

Da minha parte, desta vez, alguns clamorosos falhanços, muito embora o dia tenha nascido bonito e promissor, mas cedo o céu tapou e tornou-se cinzento escuro, o que, para mim, dificulta-me sobremaneira o tiro à perdiz.

Nada como um bom dia de sol para atirar à perdiz.

A  idade também já não vai permitindo " grandes exibições" 😉 mas faz-se o que se pode para andar bem e ligeiro e sair bem na fotografia, tentando cobrar a melhor percha possível.

Os nossos cães, esses, continuam a brindar-nos com performances de topo ( cada vez melhores ) quer ao nível dos ventos, quer ao nível da qualidade e minúcia da procura e cobro. Irrepreensíveis. Grande ajuda!

Ao almoço, estoirado, sentei-me a descansar e a aquecer em frente às chamas da grande lareira do Monte e, de seguida,  saboreámos, com boa disposição,  umas deliciosas sopas de toucinho à moda do Alentejo,  bem acompanhadas com um tinto maduro da região de Mértola, isto para recompensar as pernas frias, molhadas e cansadas da manhã.

Até à próxima e um abraço amigo.






quarta-feira, novembro 14, 2018

Preferencialmente...em Mértola !!

Carrinha de transporte da caça.


Boas perchas  no final







11-11-2018
Mértola
Moreanes


Domingo pela frente e com previsão e  ameaça  de chuva mas, felizmente, tal não aconteceu durante toda a manhã de caça.

Da minha parte continuo a utilizar os meus habituais F2 Classic, chumbo 7, da Pellagri, mas, atendendo ao avançar da época é necessário, pelo menos, mudar para chumbo 6. Segura-as melhor quando vêem de asa aberta😏.


O comportamento das perdizes está, nestes dias, diferente, sendo mais ásperas e a levantarem mais longe, pelo que a necessidade de criar uma boa articulação e funcionalidade na linha de caçadores é essencial.

Os resultados, nestes dias, dependem sobretudo deste pormenor e os intercomunicadores pendurados ao pescoço, a comunicação constante e o detalhado conhecimento dos terrenos a bater, por parte da organização, leva a que a generalidade dos caçadores saiam satisfeitos, com excepção, sempre, de um ou outro confrade, menos afortunados. Mas isso também faz parte.

A caça da perdiz, em meados de Novembro , quanto a mim já se pode considerar uma caça de final de temporada mas que, no entanto,  pode igualmente proporcionar certos tiros muito bonitos.

Por exemplo, uma perdiz que nos chega tocada a vento, como um bólide, atravessada, de asas abertas, bem por cima das azinheiras e passa a 35 metros de nós. Há que ser rápido no encare da arma e não recear atirar muito pela frente. Quanto? Na minha opinião, de 4 a 8 metros, segundo o impulso que ela leva.

Cinco horas seguidas de caça, com tempo frio e cinzento, mas com bons resultados, quer em lebres quer em perdizes, levaram-nos a melhor apreciar o que nos esperava: cabidela de galinha do campo , quentinha, e acompanhada com um bom tinto maduro, das vinhas "Bombeiras do Guadiana".

Para a caça à perdiz, com bons lances e chance de boas capturas, preferencialmente em Mértola !!

No regresso a Lisboa, fomos apanhados por um dilúvio de chuva a deslocar-se no sentido norte→sul, o que previa fortes quedas de água em Mértola mais para o final do dia, o que veio a concretizar-se.

Abraço amigo e até à próxima.





segunda-feira, novembro 12, 2018

Magnifica jornada de codornizes


















Link:

Inka em paragem


08-11-2018
Serpa
Herdade dos Peixotos


Com a habitual sorte que temos, a chuva caiu quase toda de véspera,  e ainda um pouco de madrugada, mas, logo que chegados ao local da caçada, parou mesmo por completo.

Manhã cinzenta mas sem chuva, e, por volta das 11 horas tínhamos o sol de regresso, tornando-se numa bonita manhã.

O único inconveniente foi a abordagem nas primeiras horas aos pastos e culturas encharcados, onde só pelas 12 horas conseguimos secar as nossas calças.

Quanto a codornizes, ambos estivemos com sorte, no limite de capturas que a lei permite.

Isto é, capturei 10, mas levantei e vi a escaparem , seguramente, entre 20 a 25 aves.

Bom presságio para futuras visitas, até ao final de Novembro.

Um abraço amigo.





segunda-feira, novembro 05, 2018

Às perdizes e codornizes












Blitz em ponto.

Inka em ponto e Blitz em patron.







































Herdade do Vale das Cascas - Serpa ( às perdizes)
Herdade dos Peixotos - Serpa ( às codornizes)
03-11-2018



Gentilmente convidados pelo Gestor Cinegético da Herdade das Cascas, comparecemos sábado dia 03 Novembro e juntámo-nos ao grupo de sócios, para jornada de caça de salto à geral na sua reserva.

A Herdade das Cascas situa-se em Serpa, tem pouco mais de 500 hectares e as espécies existentes são autóctones, sem repovoamentos.

Orografia com declives bem pronunciados, com bastante água e comida, tem uns belos bandos de perdizes, muito difíceis de "darem orelha" atendendo à sua bravura. Excelente pedaço de terra que alberga umas belíssimas e variadas peças de caça. Há de tudo. Uma pérola por ali escondida.

São caçadas ligeiras mas responsáveis, que permitem sempre avistar caça variada, perdiz, lebre e coelho ( torcazes também há por ali em bom número).

Recordo, perdiz levantada pela Inka no cimo dum cabeço, a saltar-lhe às patas, e que passou de asa aberta por cima de mim, entre 3 ou 4 azinheiras. Bem que seria possível ter caído, com um tiro mais ou menos de chofre, mas a azelhice prevaleceu e foi-se embora com 3 tiros.

Recordo, ainda, belíssima paragem da Inka a perdiz amagada num vale, perto dum açude, também por mim falhada com 2 tiros. Incrédulo, mal dizia da minha vida por tão gigante falhanço. Perto de mim, um caçador que também lá caçava e a tudo assistia, dizia-me: "repare, olhe que ainda este ano não tinha visto uma paragem aqui às perdizes, por mim, quando vi a sua cadela marrada, sempre julguei que seria lebre ou coelho que por ali estivesse "amagado".

Neste dia, não havia almoço no Monte, pelo que agradecendo no final a caçada, despedimo-nos, com amizade, e fomos directos aos Peixotos, para acabar o dia às codornizes.

Aí, e depois de um taco ligeiro no campo, novo festival de paragens pela Inka e Blitz, da minha parte recordo 2 dobles e perdi as 4,  tal a altura dos pastos, o que me deixou completamente enervado com o assunto e remeter-me a atirar somente a uma de cada vez.

Uma hora e meia de caça até ao por-do-sol e fizemos 13 codornizes e não exagero se afirmar que pelo menos mais umas 20 foram-se embora.

A regressar muito em breve, para aproveitar as colheitas já quase finalizadas dos milhos.

Um abraço amigo.





domingo, novembro 04, 2018

De novo em Mértola ... pelas perdizes!


27-10-2018











28-10-2018



















Outubro 2018
Moreanes


Fim de semana com chuvadas fortes a cair nos dias anteriores, é sempre bom prenuncio de óptimas condições para a prática da caça de salto à perdiz, neste caso em linha.

O sábado nasceu  cinzento, tímido e frio,   mas rapidamente o sol começou a perfurar o aglomerado compacto de nuvens e, intrépido, apareceu com alguma generosidade, dando colorido a todas aquelas vastas paisagens de caça, prolongando-se, também, no dia seguinte.

As perdizes, essas, já vão tendo pouco a ver  com as que defrontámos nos primeiros dias de Outubro, aquelas criações do ano, quase a saltarem aos nossos pés, inocentes, a deixarem-se parar pelos cães, proporcionando belíssimos lances de caça.

Pois, é que agora,  as que já foram caçadas, já nos vêem ao longe e sabem exactamente ao que vamos, pelo que mantêm-se em constante alerta a observar atentamente os nossos movimentos e,  sobretudo,  o local onde cada um segue com arma e cão pela frente. A fuga é feita usualmente pela frente da linha, em 1, 2 ou mais voos,  mas, não raras vezes, se 2 ou mais caçadores se aproximam demasiado afastados uns dos outros, criando abertas, a sua fuga é exactamente para trás, através destas aberturas,  em voos poderosos e longos, a perder de vista, deixando os caçadores praticamente à beira de um ataque de nervos.

Isto é, continuam a ver-se muitos bandos, o que nos agrada sobremaneira, mas, no entanto,  as capturas já vão sendo menos fáceis e um pouco mais  reduzidas,  atendendo à esperteza e sagacidade destas aves.

As lebres, essas, com as chuvas e com o frio a dominarem, por agora, estes dias, começam a abandonar as grandes extensões de barros e olivais e, em jeito compensatório,  já aparecem por aqui em maior número, dando oportunidade aos cães de as descobrirem acamadas, quase sempre em locais abrigados do vento frio e expostos ao sol. É só procurá-las desta forma e, não tarda, se o nosso cão corresponder,  for de bom nariz e aguentar bem a paragem, dará boa oportunidade ao caçador de a levantar, deixá-la correr 20 ou 25 metros, disparar com tiro certeiro e assistir a um bom cobro, quanto a mim dos mais belos de se ver.

Coloco sempre o sucesso neste tipo de caçadas à perdiz numa boa organização da linha, já que caça, felizmente, por aqui não falta e todos terão as suas oportunidades .

Um abraço amigo.










quarta-feira, outubro 24, 2018

Regresso a Santa Maria








20-10-2018
São João dos Caldeireiros
Herdade de Santa Maria


Regressar às Águas Santas/ Herdade de Santa Maria quase em inicio de época e com chuva copiosa a cair nos 2 dias anteriores, é sempre motivo de garantia de qualidade e não conseguir evitar que as insónias tomem conta de nós na véspera desta caçada.

Expectativas elevadas e alguma ansiedade pela qualidade das perdizes ali existente, sempre assim o ditam.

Provavelmente os meus colegas de grupo também assim o sentiram.

Sim ou não, neste sábado 20 de Outubro lá nos encontrámos, pelas 7h15, já trajados e devidamente equipados para o dia de caça, no Café Fatana, para um primeiro café do dia.

Contávamos 8 espingardas o que apontava para uma linha interessante, de salto 5 ou 6 e  1 ou 2 portas para esperas.

Começo com estevas molhadas a ensoparem-nos as calças ( e não só)  até à cintura, caçadeiras nos braços e cães pela frente , o entusiasmo inicial fez-nos partir a linha e um bom numero de perdizes, manhosamente, escapuliram-se para trás, para locais mais seguros.

Só já com cerca de meia hora de caça se começam a ouvir os primeiros disparos às vermelhudas.

Nesta herdade, sempre com muita abundância de coelhos, ocorreu grande mortandade no mês de Agosto, pelo que,  o que habitualmente vemos em caçadas de salto,  este ano será muito menos.

Mas as perdizes criaram bem, muito bem, e, não fora alguns erros em tentarmos manter a linha intacta toda a manhã, seguramente que os resultados decerto seriam mais encorajadores.

De todo o modo, um belíssimo quadro de caça no final com 25 aves abatidas e 5 coelhos, sendo que 3 foram minhas bem assim como um coelho.

A Inka esteve a trabalhar muito mal e perdeu-se diversas vezes nos barrancos o que me enervou sobremaneira, mas, no final, tudo terminou bem.

Um bom almoço e convívio no Fatana, e,  já pelo meio da tarde, as habituais despedidas com muita amizade à mistura.

Abraço amigo e até uma próxima.






segunda-feira, outubro 22, 2018

Uma mãozinha às codornizes















Serpa, 17-10-2018




Em dia de experimentação de nova marca de cartuchos, que acabei por preterir e optar pelos meus favoritos, B&Pellagri 30 gr Ch. 9, a percha como se vê foi generosa, mas todos sabemos que, neste tipo de caça, ficamos a dever os resultados na íntegra aos nossos companheiros de 4 patas, sem os quais não seria possível fotos destas.

A minha homenagem aos bons cães de parar, que tudo dão para agradar aos seus donos.

Abraço amigo






segunda-feira, outubro 15, 2018

Caça em Mértola - Dia 2


Peças capturadas por 2 espingardas.




































Moreanes
Monte do Guizo
Mértola
14-10-2018




Com as chuvas intensas que se sentiram durante a noite, nesta jornada as expectativas estavam ainda mais elevadas quando em comparação com o dia anterior.

Nada de mais errado.

Não consigo explicar o porquê.

Embora se tenha caçado noutra zona da herdade, certo é que também se viu bastante caça, mas, das três uma, ou as pontarias estavam mais desafinadas face ao esforço do dia anterior, ou as noites mais mal dormidas, ou a caça estava bastante mais áspera . Talvez as trovoadas tenham tido influência no "fenómeno".

Os resultados finais, de que não tenho foto, foram cerca de metade dos da véspera.

Realço, no entanto, em lance particular, e com êxito, belíssima paragem em ângulo recto da minha cadela Inka, a lebre acamada junto a um muro em ruínas que ali a protegia dos ventos fortes e frios que sopravam de noroeste. O sol incidia-lhe em cima, certamente aquecendo-a,  e consegui quase tranquilamente observar e ver a lebre "amagada", com os olhos ambos bem abertos, orelhas sobre o dorso, certamente a fitar a cadela ( segundo dizem os entendidos, nestes casos elas olham é para os cães e não para o caçador).

Realço, ainda, tiro frontal com êxito a perdiz macho fugida da linha ( eu estava a fazer ponta de enrolo na direita)  embalada por trás com o vento forte e a 20/30 metros de altura.

Finalmente, numa ribeira coberta de juncos, oculto mas à minha frente, o arranque brutal de um "barrasco" de (certamente) mais de 100 Kg. Tive-lhe a cabeça a menos de 10 metros dos canos da Beretta mas, dado que desconhecia se podia atirar, o enorme bicho fugiu, pujante e demolidor. Só depois dos gritos de um dos mochileiros é que me apercebi que tinha mesmo é que atirar. Dois tiros ainda, mas...nada feito. O desânimo estava estampado no rosto do gestor de caça, dado que aparentemente é bicho que tem dado por ali muita luta para ser apanhado e não deixa.


Após reconfortante almoço, arrumámos a bagagem no carro e feitas as despedidas, voltámos a Lisboa, deixando o Monte  já com as saudades e nostalgia próprias de 2 dias muito, muito bem passados.

Abraço amigo









Caça em Mértola - dia 1


A meio da manhã.

Resultado de 2 espingardas, no final .









































Moreanes
Mértola
13-10-2018


Com nova janela de oportunidade aberta pelo Gestor de caça desta Herdade, para caçar neste fim de semana, saímos de Lisboa por volta das 17h00 e rumámos para sul, na véspera, para ali dormir e integrar um grupo que caçaria nos dois dias seguintes.

Na que já consideramos talvez uma das melhores reservas de caça deste concelho no que à qualidade da caça respeita, escusado será referir que os níveis de satisfação e, porque não? - alguma ansiedade,  nos invadiam na viagem de ida,  e ambas eram bem substantivas.

Paragem habitual em Mértola, confortados os estômagos com um saborosíssimo ensopado de borrego, um tinto,  desta feita do Douro, rematámos com o habitual doce de ovos e frutos secos, o torrão real,  e seguimos caminho.

Às 07h00 da manhã seguinte, dia da caçada, os caçadores iam-se juntando, a pouco e pouco, cumprimentando-se entre si, antes do lauto pequeno almoço preparado pela organização para a longa manhã de caça que nos esperava. Os reconfortantes e quentes ovos mexidos, as compotas e mel puro, pão e queijos frescos na mesa, enchidos e outras iguarias, e um expresso bem forte no final servem e cumprem perfeitamente para o efeito pretendido, dar força às pernas.

Já no local do inicio da caçada, após cartucheiras cheias e espingardas montadas, um espesso manto de nevoeiro impedia-nos de começar pelo que ai estivemos à conversa até surgirem as condições mínimas para iniciar a jornada com segurança.

Sem entrar em grandes pormenores de lances individuais com a minha cadela braco, prefiro destacar a parte organizacional da caçada. Com pontas de enrolo bem posicionadas, também a matar caça, e com eficácia, a linha de caçadores bem articulada com a ajuda de 3 colaboradores da herdade a comunicarem entre si com intercomunicadores, as perdizes eram obrigadas depois de um ou dois longos voos, a levantes e a cruzarem as diversas posições com belos tiros de passagem, muitos a alturas consideráveis.

Também as lebres já começam a aparecer com mais frequência e, quer de levante, quer de fuga cruzada à frente da linha, sempre foram dando algumas boas oportunidades de tiro e cobro pelos cães.

Neste dia, pareceu-me irrepreensível a condução da linha e, tirando um ou outro pormenor de somenos importância, os resultados finais, de que não tenho foto,  foram muito interessantes.

Ao almoço, para além das entradas, umas macias bochechas de porco com arroz, batata frita e salada, acompanhadas com vinhos maduros da zona de Mértola, tudo contribuiu para uma sã e divertida convivência.

Durante parte da tarde, alguns mais fervorosos ainda foram pescar alguns (bons) achigãs aos açudes, na modalidade de pescar e soltar de novo, enquanto que outros dedicaram-se à espera dos patos que, nesta fase, sabidos, já dão muito poucas hipóteses.

O vento sul que se fazia sentir, cada vez mais forte, antecipava  trovoadas acompanhadas de chuva durante a noite, pelo que as expectativas para o dia seguinte eram igualmente elevadas.


Abraço amigo.






terça-feira, outubro 02, 2018

Abertura às perdizes 2018




































Moreanes
Mértola
01-10-2018




Na antevéspera recebi inesperado telefonema do proprietário desta Herdade, convidando-me para participar na inauguração da abertura da caça geral à perdiz, que haviam antecipado.

Apesar das temperaturas que se previam para este dia, iam mesmo arriscar a jornada às perdizes.

Perguntei se podia levar um amigo e companheiro de caça habitual o que, gentilmente, me foi de imediato concedido.


Viajámos,assim, de véspera, e fomos pernoitar ao Monte da Herdade. Pelo caminho, parámos no "Brasileiro", em Mértola, e deliciámo-nos com uma omelete de farinheira e, para contrabalançar, uma leve açordinha de bacalhau, ambas acompanhadas com um branco gelado da região, da marca "Balanches" . No final, e para rematar, não poderia faltar o "torrão real", fresco doce conventual de ovos e amêndoa, especialidade daquela casa


À noite, pelas 11 horas, já deitado na cama do Monte, muitas perdizes e lebres passaram-me pela cabeça. Adormecer foi, como tal, tudo menos tarefa fácil. Finalmente, lá consegui adormecer, acordando com a ajuda do despertador do tm às 06 horas da manhã.


Toca de me trajar a rigor para o dia e, às 06h30, fomos-nos todos encontrando e cumprimentando e juntando à mesa. Ovos mexidos quentinhos a chegarem à mesa, pão fresco, queijo fresco de cabra, compotas diversas, finas fatias de bons enchidos alentejanos, leite, café, entre outros, recompuseram o estômago para a dura tarefa que tínhamos pela frente .


No caminho para o ponto de partida, já aperrados com armas e cães em cima dos veículos 4x4 , avistámos 2 ou 3 bandos de perdizes, correndo nervosamente, como que adivinhando algo de anormal ( a caça quer aceitemos ou não esta teoria, pressente estas coisas) afastando-se rapidamente das viaturas.


Ultimados os preparativos, montadas as armas e penduradas as cartucheiras, devidamente municiadas, com algum nervoso miudinho à mistura e habitual nestas andanças, soltámos os perdigueiros e, à ordem do diretor da linha encetámos a jornada.


Do meu lado esquerdo, o cão do PL, o Sado, marrava-se logo ali num pequeno barranco com um belo par de lebres. Levantadas, uma saiu ao caminho e, tiro certeiro, derrubada e bem cobrada.


A Inka, a minha cadela, também não deixava os seus créditos por mãos alheias e desalojava uma outra orelhuda duns carrascos e ao segundo tiro seguro-a. Também bem cobrada veio trazer-ma, doce, às mãos.


As perdizes ainda com o fresco da manhã, não "davam orelha" e iam escapando,longas, na frente da linha, independentemente de um ou outro tiro mais largo.


Quem estava em portas, cirurgicamente colocadas, lá fazia o gosto ao dedo, primeiro que os confrades da linha de salto.


O sol levantava e, logo implacável ( chegámos aos 33 graus de temperatura) secava já tudo à sua volta, o que restava de algum orvalho da noite e os pastos e restolhos já quase que queimavam. As lebres, nestas condições, não se deixavam ficar e levantavam-se, longe, por vezes com os cães no seu encalço, em grandes correrias, não dando tiro. Avistámos diversas, muito fora de tiro.


Se por um lado era mau para "o pelo" , por outro tinha o seu aspecto positivo para "a pena", dado que as jovens perdizes do ano, assustadas com os tiros, tresmalhavam e uma ou outra iam ficando em pânico, amagadas nos pastos e proporcionando boas arrancadas, bons tiros e bons cobros.


Da minha parte, comecei menos bem e falhei 3 ou 4, ou de levante ou de passagem, mesmo daquelas que, não obstante a velocidade, se certeiras, cairiam. Esta perdiz, nesta herdade, não deixa brincar, e os voos, rápidos, mesmo com calor, dificultam o tiro.

Com a minha primeira pendurada, abati ainda uma segunda, sempre com a ajuda da cadela no cobro.


Foi quando, já a meio da manhã, com um calor abrasador por cima, Santo Huberto dediciu conceder-me a oportunidade do dia.

Numa baixa, por onde ainda circulava uma leve brisa, arrancam 2 ou 3 perdizes, aponto a sobrepostos Beretta, derrubo uma, derrubo a segunda. Doble. Belo. A Inka vai rápida ao cobro mas, na corrida, levanta-se-lhe uma lebre para trás, pela encosta acima. Irresistível, a cadela não deixa de ir a correr atrás dela. Entretanto, outra perdiz salta da esquerda para a direita e, atrapalhado, tento meter mais 2 cartuchos na arma. Arranca ainda uma outra lebre desta feita pela encosta abaixo. Os nervos apoderam-se de mim em ver só ali tanta caça a fugir. Outra perdiz vem fugida da linha e passa por cima de mim a 100 à hora de asas abertas.


Com o coração a bater apressadamente, acabo por pendurar somente as 2 perdizes e seguir, (in)conformado. Só ali podia ter pendurado mais 2 lebres e uma perdiz, para além das 2 que já havia cobrado.


Entre muitos tiros e muitas peças a fugir ao longe, a manhã foi chegando, rápida, ao seu final.


Nos rostos dos caçadores espelhava-se acesa alegria pela caçada havida. Na linha, constatei existirem excelentes atiradores, mesmo muito batidos neste tiro à perdiz, o que, com um dia escaldante como este, também ajudou aos números finais.


Alguns açudes com água sempre deram uma belíssima ajuda aos cães que, estafados e língua quase toda de fora, deitavam-se, a arrefecer, dentro de água, seguindo a caçar.


Já no monte, as fotos finais com o quadro de caça, 34 perdizes, 4 lebres, um coelho e 4 patos.


Ao almoço, presenteados com umas belas febras de porco preto grelhadas com migas alentejanas, estaladiças, no ponto, com o belo vinho tinto das Bombeiras produzido duma vinha cercana, com cerca de 17 ou 18 hectares, nas margens do Guadiana que produz sempre bons néctares .


Feitas as despedidas a meio da tarde, pusemo-nos ao caminho para Lisboa ( e outros para o Porto), com a satisfação e a paz de alma de mais um dia de abertura muito bem passado.


Cá atrás, na carrinha, os cães dormiam nos sonos dos Deuses, estafados pela manhã de caça que muito puxou por eles.

Abraço amigo





sábado, setembro 29, 2018

Quem porfia....
















29-09-2018
Serpa


O horrível calor que persiste em não nos deixar por vezes leva-nos a a pôr em causa o resultado e a vontade de efectuar  algumas caçadas.

Recordo, no entanto, a frase de um amigo,  " o dia faz-se é à porta do patrão",  e continuo a não me deixar desanimar por este tipo de obstáculos.

Com os milhos em fase de colheita, aproveitam-se algumas aves desalojadas que sempre nos proporcionam bons lances com os cães.

No dia de hoje, não no milho mas nos pastos, destaco paragem da Inka sobre o que me parecia ser no máximo um par de codornizes mas acabaram por se levantarem do local 7 ou 8,  em voos desfasados, o que me proporcionou o doble do dia.

Fixei a queda das duas abatidas para efeitos de cobro e as restantes voaram para não se deixarem voltar a ver.

Boa percha no final.

Cães em enorme esforço a necessitarem constantemente de água.

Abraço amigo




quarta-feira, setembro 19, 2018

Coelhos na Caiada




















Caiada - Mértola
18-09-2018


Mal dormi na noite anterior.

Muita esperança depositada nesta caçada aos coelhos.

Na Caiada, esta Herdade porventura será uma das mais ricas do concelho de Mértola, digna de uma orografia invejável e apaixonante no que se refere à excelência para caça ao coelho e à perdiz.

Nesta terça-feira 18 de Setembro, logo após o nascer do sol, a temperatura voltou, quase de imediato, a ficar insuportável  para esta actividade, devido ao extremo calor que se fez sentir.

Ainda assim, e na medida do que a matilha de cães lá conseguiu aguentar e trabalhar estoicamente, capturámos 33 peças, com inúmeros e divertidos lances de toca, levanta, ladras, fugas e muito tiro.


Abraço amigo


Em tempo: enquanto perdurar este calor e secura, o feitor da Herdade deixou de fazer caçadas.






sábado, setembro 15, 2018

Boa jornada de codornizes
















15-09-2018
Serpa


Inacreditavelmente caíram em Serpa durante esta noite algumas (boas)  pingas de chuva.

Suficiente para limpar o pó e amolecer os  pastos altos, lugares de predilecção destas aves, que, assim, saíram, em maior número, dos milherais.

Suficiente para soltarmos os cães, fazermos alguns levantamentos, alguns bons ( belíssimos) tiros e atingirmos o cupo legal destas aves, em pouco mais de 3 horas.

Nesta caça, a influencia do tempo que se faz sentir é determinante.

Os bracos, à medida que vão caçando, torna-se notória a evolução da sua performance no campo, ao nível do seu trabalho, quer na descoberta,  quer nos cobros, por vezes altamente difíceis,  destas pequenas galináceas.

Seria bom, mesmo muito bom, cair mais umas chuvadas pelos próximos dias.

Um abraço amigo

Sérgio Vieira







sexta-feira, setembro 07, 2018

Jornada de codornizes















06-09-2018
Serpa 

Com o tempo fresco, temperaturas entre  os 21 e os 28 graus, e com a imprescindível ajuda da minha Inka, inseparável cadela braco alemão com quase 7 anos, que melhora a olhos vistos de ano para ano, desbravámos, palmo a palmo, esta herdade.

Os milhos continuam por colher, o que é uma (grande) dificuldade acrescida na obtenção de melhores resultados.

A percha, apesar de boa, foi muito suada.

Não fazendo ideia do efectivo de codornizes ali existente, admito uma considerável quantidade que ficará logo disponível quando as plantações de milho forem colhidas. Entretanto, é clara a tendência para se refugiarem naquelas plantações.

Há água, sorgo, pivots ainda a funcionar e mato para refúgio.

A chuva seria a cereja em cima do bolo.

Abraço amigo






domingo, fevereiro 04, 2018

Fecho das perdizes 2018




















Vidigueira
27-01-2018



Estando já combinada algumas semanas atrás, com os proprietários da Herdade, tínhamos esta caçada agendada para este dia, para fechar da melhor maneira a época da caça de salto à perdiz.

A habitual disponibilidade e simpatia dos donos da Herdade em receber, aliados à elevada qualidade das aves ali existentes, criou-nos expectativas altas, desta feita acompanhadas de alguma ansiedade,  , particularmente por também ser o último dia de caça.

8 armas capturaram 24 perdizes ao longo de uma extensa jornada das 09h00 às 16h00 ( de permeio o habitual taco no campo,  para retemperar forças nas pernas, escolhido a rigor e com bom gosto, quer nos belíssimos vinhos que nos oferecem quer nos respectivos acompanhamentos, bem quentinhos ).

É do conhecimento de todos nós, nós os que fazemos parte desta fantástica confraria dos caçadores que " um dia é da caça, outro dia é do caçador". Todos nós certamente saberemos este ditado.

Neste dia, fui uma vez mais feliz e coloquei toda a sorte do meu lado, do lado do caçador.

De entre todos os lances, que não irei detalhar, destacarei para sempre, na memória, um disparo a uma perdiz que nos escapava, voando sobre barragem ali existente. Tiro longo, asa partida e perdiz na água. Como as perdizes têm a particularidade de não saberem nadar seria, sempre, perdiz perdida atendendo à distancia a que caiu e à inexistência de vento suficientemente forte que a conseguisse empurrar para uma das margens.

Mas ainda não tinha baixado a Bereta após o tiro e já a inka, minha braco alemão projectava-se em salto acrobático para dentro de água ( devia estar pouco gelada devia ) e, a gemer, em nítido esforço de luta com aquelas águas geladas, a cadela nadou dezenas de metros até à ave, abocanhou-a e, de forma absoluta e irrepreensível, cobrou-a, trazendo-a na boca, viva. Dado o tempo despendido neste lance deu para tirar foto( acima) .

Um excelente almoço-ajantarado já com o sol a cair no horizonte, deu-se o dia por terminado.

Um bem haja a todos os que participaram e organizaram esta caçada de fecho e a esperança de muita saúde para todos,  para nos podermos por lá reunir de novo na próxima época.

Abraço amigo.