quarta-feira, outubro 28, 2009

Paleta de cores vivas






























25/10/2009 - Outro bom dia de caça no Crespo.
Em cima: paleta de cores vivas da natureza que só a caça e as espécies do Alentejo nos trazem.
Em baixo: clicando na imagem quem pode imaginar não se tratar de perdiz selvagem ?

Neste domingo fomos caçar 2 zonas da reserva.

Uma, de barrancos profundos, por onde as perdizes desciam em fuga acelerada, em voos picados, de asas bem abertas, desafiando a gravidade e a capacidade dos caçadores que em baixo seguiam , alinhados, no meio de estevas que quase nos tapavam a visão, inclinações de terreno xistoso de 45 graus, pernas e músculos estoirados, corações já a sair da boca e uma boa série de tiros falhados. Por vezes o suor toldava-me a visão e os tiros saíam mas claramente mais na expectativa de ver cair e não de bem apontar. Tal devia-se, seguramente, ao cansaço.
C0mo por ali as lebres não abundavam, fiz os barrancos da Medronheira sem pendurar nada à cintura. Quando cheguei à carrinha, o "piolo" de pendurar a caça ia despido, vazio.

Outra, bem mais macia, mas, ainda assim, com algum mato e sobretudo vasta zona de pinheiro cortado e que entretanto por ali jaz, à espera que levem a madeira e restantes aproveitamentos.
Aqui, neste pedaço da herdade, fiz a caçada do dia.
Pela minha direita, o Miguel M. grita-me: "Sérgio vai aí uma lebre" - olho para o lado e lá vem ela em corrida desenfreada, a correr à minha frente, a uns 30 metros, da esquerda para a direita, atravessada. O meu B&P , F2 Classic 34 gr CH6 funcionou em beleza. Ao primeiro disparo fica estendida numa zona de pasto.
Coloco-a dentro da mochila e sigo caçando. O peso nas costas aquecia-me o coração e trazia-me a ilusão.
Sabia que havia 2 ou 3 perdizes escondidas naquela zona.
Algns metros e "brrrrrrrr" salta uma já larga. Benelli bem apontada, tiro rápido e perdiz "seca", no chão. Marquei-lhe o tombo e como a zona tinha muito mato e muito tronco de pinheiro derrubado, fui rápido, ao cobro. Um perdigão.
Olho para cima e vejo um avião a jacto, desculpem, uma perdiz a vir direitinha a mim, certamente à velocidade com que o Óscar Cardozo marca os penalties no Benfica, aponto para a tapar, disparo e quando dou por mim tinha já passado por cima de mim a altíssima velocidade. Virei-me para trás, mais um tiro precipitado e seguiu viagem. Que siga e que tenha boas proles.

Mais umas centenas de metros. Nova perdiz a fugir das linhas e a atravessar-se pela minha frente a uns 40 metros. Tiro. Queda. Cobro. Perdigão velho com 2 esporões. Procurei-lhe imediatamente as pintas pretas e arredondadas nas penas da cauda para identificar possível rei do bando... mas não era.
De joelhos no chão pendurava-a no "piolo", agarro na Benelli, levanto-me e eis que me surge outra, de novo de frente, fugida da linha que se adiantava pela minha direita. Mais uma vez não falho com o F2 Classic. Desta vez uma fêmea.
As mãos tremiam-me de entusiasmo e descargas de adrenalina.
Tiro da mochila a garrafa de água e bebo, em descanso, pelo menos 1/2 litro. Guardo.
Verifico que tenho a Benelli municiada e sigo a caçar.
Um barulho aos pés e salta-me outra lebre. Correndo o risco de não lhe atirar, deixo-a esticar-se. Um tiro. Falho. Esconde-se com mais troncos e matos e aparece numa pequeníssima clareira já aí aos 40 metros. Segundo tiro. Não falho. Para dentro da mochila que isto de lebres de 3 e 4 Kg só dentro da mochila.
A caçada estava feita. Sto Huberto estendeu-me a mão e, em meia hora, pendurei 3 perdizes e 2 lebres, resultado final do dia.
O almoço, um churrasco de frango, com batata frita cortada à mão e salada de alface e tomate.
Antes, porém, ainda estivemos sentados cá fora, a beber 1 ou 2 minis geladinhas, com as incomparáveis "gambas fritas" ( carapauzinhos fritos) que o Francisco T manda fazer no seu restaurante, o queijinho de Serpa laminado, de meia cura, azeitonas novas com sal grosso, rábanos cortados às rodelas, enfim iguarias do melhorAlentejo.

No regresso fomos beber o café da ordem à esplanada do Luis da Vendinha, e eu e o Zé S. de seguida fomos dar uma volta ao final da tarde onde consegui "matar" a perdiz que se vê na foto acima. Linda. Por acaso será naquela zona da Vendinha que iremos caçar no próximo domingo. Rei do Bando ? Pelo tamanho....
Abraço amigo



segunda-feira, outubro 19, 2009

Mais amigos.






























A estreia do JG , em cima à esquerda, decorreu no ambiente de um óptimo dia de caça.

Já nosso conhecido de épocas anteriores, nas andanças aos tordos, o JG tornou-se sócio da ZC e acompanhou-nos nesta jornada de salto, onde não faltaram as perdizes àsperas das encostas, as lebres sorrateiras e os imprevistos coelhos a saltarem dos matos rasteiros.

Ao almoço, um ensopado de borrego de se lhe tirar o chapéu, regado com um especialíssimo tinto verde particular do Zé S., animou ainda mais as hostes e, o final de tarde, foi na esplanada do Luís, na estrada da Vendinha, com conversas simples e sobre caça, claro, como não podia deixar de ser!.

Juntou-se a nós, ao almoço, o GS que tinha ido caçar ao Crespo.

Excelente companhia. Abraço a todos.


sábado, outubro 10, 2009

Caçada aos Coelhos






























Caçar aos coelhos é sempre um divertimento.
No feriado de 5 de Outubro fomos com os cães à Vendinha para uma "lide" aos coelhos.
O tempo áspero, seco, faz com que os coelhos brinquem dentro das manchas de mato com os cães e com os caçadores.
A concentração mental tem de estar a níveis muito elevados e só nas portas se conseguem alguns resultados.
Para mim, o saldo final limitou-se a um par deles, embora outros confrades tenham tido...bastante mais sorte.
Todos esperamos agora pela chuva bendita, quer para aliviar os agricultores na lavoura e na pecuária, quer para a caça.
Abraço amigo

terça-feira, outubro 06, 2009

Abertura Geral da Caça






























Por norma não gosto de expor os quadros gerais de caça.
A muitas pessoas pode ferir susceptibilidades.
Mas quando se gere bem a caça e os seus efectivos, não é por aí que vem mal ao Mundo.

A Abertural Geral deste ano foi bastante boa, acima das nossas expectativas e o registo de satisfação esteve bem patente nos rostos dos caçadores desta magnífica Associativa.

Na 2ª foto, o meu "mochileiro" mais novo, levantou-se às 04h15 da madrugada e deu uma valente ajuda ao Pai. Mais importante do que isso, foi um excelente companheiro durante todo o dia.

No dia seguinte, dia 05 Out desloquei-me para outra zona de caça e fui aos coelhos. Aí, já o meu mochileiro ficou a dormir na residencial, no paz dos anjos, entre perdizes revoadas e lebres que "escorregam" das mãos. Ele sabe o que eu quero dizer, mas o segredo fica entre nós, para toda a vida.

Abraço amigo.
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