segunda-feira, novembro 24, 2014

São João dos Caldeireiros



Uma manhã divertida nas Romeiras

Contraste de cores sempre bonito

Almodôvar. Dose para 3, de cozido de grão. Valha-me Deus!!












































Novembro 2014

Manhã de Caça em São João dos Caldeireiros, nas Romeiras.

Falando por mim, registo uma grande paragem da Inka a uma perdiz amagada no lavrado, com levante poderoso,  tiro certeiro e cobro na perfeição.

O resto... também por ali há zonas de caça muito boas.

Depois do cozido de grão, na imagem, em restaurante de Almodôvar, decidimos ir ainda destruir todas aquelas calorias atrás das perdizes em Ourique até ao final do dia, cair da noite. Teríamos cerca de hora e meia para se caçar até o sol se pôr no horizonte.

Ainda conseguimos reduzir o efetivo em mais 2 aves.  Ali, são mesmo, mesmo muito vermelhas!

A grandiosa sensação de estarmos isolados do resto do mundo e a liberdade de ver a tarde cair aos poucos.

Reparar na silhueta, já em escuro,  do Paulo, arma aperrada,  a caçar com o cão pela frente pela crista dos montados da herdade, só isso, valeu-me o dia.

Pena não ter uma máquina fotográfica à altura, comigo.

Bela imagem do que é a caça praticamente isolada, com cão de parar.

Abraço amigo

domingo, novembro 16, 2014

Atrás das codornizes, claro!



Vista parcial do Monte da Gravia












O que se conseguiu



Novembro 2014
5 codornizes
2 lebres.

Menos codornizes nos campos.

As fortes intempéries estarão por trás. Os terrenos, quase todos lavrados, deixam cada vez menos espaços para a sua caça.

5 codornizes e 2 lebres muito sofridas .

Abraço amigo.

Acreditem se quiserem

Uma das diversas penínsulas do couto na Estrela - Alqueva.













Resguardados da chuva.





























15-11-2014

Por gentil convite do Gonçalo S. fomos este sábado a uma jornada de caça num couto familiar para lá da Aldeia da Estrela.

Combinámos o encontro no café das bombas de gasolina antes de chegar à barragem, no Alqueva.

Como linha de caça tínhamos cerca de 8 espingardas.Pretendia-se, tão somente,  passar uns momentos agradáveis dado que a Herdade em causa, sendo banhada em cerca de 50 % pelas águas do Alqueva, é muito bonita de se caçar. Acresce que tem diversas penínsulas, que, segundo estudamos na geografia do liceu, tratam-se de extensões de terra cercadas de água por todos os lados, excepto por um, o lado que a liga à terra.

Com terrenos ondulados e pastos na sua grande maioria, o forte, ou por outra, talvez seja mais acertado dizer, o mais forte da caça são as lebres que por ali vivem, algo desassossegadas pelo gado bovino a que a herdade de dedica.

Aliás, os donos, mesmo sendo uma turística, segundo soube nem se dedicam à caça.

Fazem uma brincadeira por ano e por aí se ficam.

Enquanto que em anos anteriores a caçada se realizava sempre mais cedo na época de caça, com resultados interessantes, este ano, sendo feita em meados de Novembro, foi do consenso geral que saíu prejudicada nos seus resultados,  sobretudo pelas fortes chuvadas torrenciais durante a semana que, seguramente obrigou muitas a de lá saírem e procurarem terrenos mais abrigados de tais intempéries.

Com um ou dois bandos de perdizes, que não se deixam de maneira nenhuma chegar, abrimos a linha de caça e, no final, já debaixo de forte chuvada que o vento sul trouxe nesta manhã, terminámos no armazém do Monte, com um score de meia dúzia de lebres e um coelho muito bem arrancado pela minha Inka. O senhor João, o feitor da herdade, que o diga.

De resto, tivémos os chamados lances normais, nesta modalidade de caça.

Até que nos aconteceu um lance de excepção, que me vai acompanhar a memória até ao final dos meus dias.

O Gonçalo contornava uma peninsula e a Inka ia constantemente dando sinais de lebre por ali existente a deixar rastos. Não tardou muito que a "ruça" tenha fugido e, ao vê-la, gritei a plenos pulmões, "lá vai ela".

Foi, correu, correu,  e refugiou-se noutra península mais adiante. Aí o Gonçalo e eu não perdoámos. Decidimos dar-lhe caça.

Dificilmente fugiria. Deixámos, estratégicamente, um caçador de espera no único sítio por onde ela poderia passar para trás, de fugida. Eu e o Gonçalo arrancámos, um pela esquerda e outro pela direita e, desacredite-se quem pense que seria um palmo de terra. Não, ele ia num lado, eu ia pelo outro e praticamente não nos víamos. Andámos, um bom bocado, a Inka ia entusiasmada, teimosamente dando sinais da lebre. Já no final, praticamente por instinto olho para trás e já só lhe vejo o dorso. Um tiro e o mais que consigo foi acertar no chão. Gritámos: aí vai ela, aí vai ela...!!

Ficámos à escuta. Um tiro, dois, três tiros. F##**d*se! -diz-me o Gonçalo., " já se foi". Um quarto tiro. O Tio H., que por lá perto estava,  tinha-lhe barrado definitivamente o caminho,  de forma certeira.

Regressávamos quando salta outra fora de tiro. "Aí vai outra, aí vai outra" - gritámos.

Nem um tiro. Acelerámos o passo para ver o porquê e quando lá chegámos ficámos a saber.

Esta, sentindo que por ali teria o destino traçado, fez-se à água e, corajosamente, deu um salto e começou a nadar para alcançar terra firme, para a outra margem. Logo nos indicaram onde ela ia a nadar. Olhámos atentamente e lá longe, já, só lhe víamos as patas da frente a chapinhar na água e a nadar bravamente. Terá percorrrido cerca de 250/300 metros a nadar. Nunca tal tinha visto na minha vida de 40 anos de caçador.

Gritámos para o Orlando S. - corra, corra que ela vai sair lá á frente. O Orlando, de arma aperrada acelerou o passo e escondeu-se atrás de uns arbustos. 'Orlando, olhe que ela vai sair mais à frente'.

'Estou  a vê-la muito bem' -retorquiu.

A corajosa lebre, ao fim de aproximadamente de 10 minutos (!)  de natação, num meio hostil que era de todos menos o dela, alcançou finalmente a margem e arrancou a correr, já estafada. O Orlando, nada fez.

Aproximámo-nos do Orlando e questionámos:  "Então? - porque não 'segurou' a lebre quando ela subiu a margem ?

"Não quiz! Deixei-a ir. Estive a ver a batalha que ela travou contra a água. Esteve 10 minutos a lutar. Esta lebre merecia tudo menos morrer." - finalizou, com firmeza na voz e olhar penetrante.

Nessa altura, caímos em nós e olhámos uns para os outros. Eu, confesso que fiquei envergonhado e embaraçado. O Orlando fez muito bem. Aquela lebre merecia a salvação. Para além de esperta, desafiou a morte ao aventurar-se e atirar-se para as águas do Alqueva. Lutou, lutou, até à exaustão e conseguiu a fuga. O Orlando, depois de observar toda aquela grande luta...decidiu, sozinho, fazer-lhe a vontade!

Amigo Orlando, que grande lição de fair play, de lucidez e serenidade nos deu. Um grande bem haja!


No final, as fotos, de fraca qualidade, foi o melhor que se pode arranjar pois no final da manhã
chovia a cântaros. Ainda aguardo uma ou duas fotos que o Orlando terá conseguido tirar à lebre dentro de água a nadar.

Um abraço  amigo, muito especial para o Orlando.



quinta-feira, novembro 13, 2014

Sempre atrás das codornizes

De notar os terrenos onde caçamos às codornizes ( e lebres, claro)

No fim da manhã, antes de irmos ao almoço.

Uma homenagem à Inka. Sem ela nem metade dos resultados obtia.
































































09-11-2014

 
Terras da Salvada, em Beja.

Na véspera, a noite tinha sido de trovoadas com autênticas bátegas de chuva a cairem naqueles maravilhosos campos da Salvada.

Depois de comermos qualquer coisa no Monte, bebemos um café bem forte e fomos, com os carros, iniciar a jornada a uma ponta da Herdade que tínhamos elegido no dia anterior.

Por ali começaríamos, pois são terrenos de restolhos, não lavrados, onde residem ainda muitas codornizes e onde as lebres vêem deitar-se ao sol, depois de noites de chuva.

O entusiasmo cresceu desmesuradamente quando armávamos, ainda, as espingardas, e já víamos, ao longe,  __ lebres a correrem atrás umas das outras. Parada nupcial seguramente. 

Nesta manhã, entre as que capturámos ( uma cada um) e as que fugiram fora de tiro vimos ___ lebres. É obra nesta altura da época de caça. 

As codornizes continuam a fazer as nossas delícias, a proporcionarem belas paragens e cobros aos cães. Conseguimos o cupo de 10 cada um, logo após o almoço .

Por volta das 15horas regressávamos a Lisboa, com os objectivos alcançados.

Abraço amigo.

Coutada de São Miguel



A meio da caçada, numa pausa.
A distribuição das peças
Já na despedida, após o almoço





08-11-2014

São Miguel dos Pinheiros - Mértola

Bem no coração do Concelho de Mértola, disfrutámos de uma bela caçada às perdizes, lebres e coelhos.

A manhã tornou-se bonita, os cães  trabalharam muito bem.

Terrenos ásperos, com projectos de pinheiros e sobreiros, terras de xisto e pedra solta, pastos finos e densos, albergam belas perdizes selvagens que por ali criaram este ano.

A população de coelhos também aumentou, para gáudio e satisfação do Gestor, embora esteja imposto um limite estabelecido de capturas por caçador.

Recordo um coelho levantado e corrido pelo "Sado" que, na sua fuga para o barranco, passou-me ao alcance de tiro. Um tiro certeiro obrigou-o a uma cambalhota, ficando inerte,  já perto das tocas que por ali existem.

Experimentei os novos B&P - Nike - Ch6 com 34 gramas. Apreciei os resultados. Para distancias até aos 40-45 metros estarão talvez no topo da eficácia. A comprovar noutra caçada às vermelhudas.

Ao almoço, uma óptima cabidela de galinha com um tinto robusto, com rótulo da Herdade.

Gente simpática, acolhedora.

Para revisitar. É que fugiu muita perdiz daqueles caçadores...!

Abraço amigo


domingo, novembro 02, 2014

As bravias perdizes de Ourique





















02-11-2014

Uma jornada de caça muito difícil de esquecer.

Difícil de esquecer porque razão?

Porque correu tudo na perfeição.

Começámos a caçar, sem pressas , às horas que escolhemos.

Defenimos, logo no início, em pé,  ainda encostados ao balcão do café de Ourique, em cima de um guardanapo, uma estratégia de ataque aos bandos, face à configuração da Herdade e aos poucos recursos que dispunhamos.
3 espingardas, a Inka e uma espingarda de porta do Tio H.

A estratégia é de sucesso.Retirar as perdizes do montado e dos arrifes no meio das semeadas, tentar 1 ou 2 abates e dispersar as perdizes para os pastos altos.

As querenças de fuga já as vamos adivinhando.

Muitas escapam-se para fora do couto.

O Tio H. hoje, por meia-hora, 45 minutos resolveu ir dar uma volta de salto, devagarinho.
Fugiu-lhe uma lebre aos pés. Deixou-a ir com 3 tiros atrás. Acontece aos melhores, certo?


O G. fazia a extrema. Atirou-me literalmente um bando cá para baixo, de asas abertas. Mão corrida e perdiz derrubada, "sem espinhas". As outras passaram por cima do O.que não lhes perdoou. Tiro e queda como soi dizer-se.

A Inka teima em dar-me caça. Atirei, mais tarde,  a uma outra perdiz que caiu de asa e desata a correr para a ribeira. Desta vez, a cadela fez um trabalho de mestre. Nariz  no chão, por vezes no ar, vento de feição, cobra-me uma perdiz seguramente a uns 100 metros de distância só com trabalho de nariz.
A minha alma rejubilou quando a vejo sair, altiva, de dentro dos juncos da ribeira, cabeça ao alto com a perdiz viva na boca.

Mais tarde , dentro da ribeira, num andamento vivo, super-rápido, nariz no chão e coelho a escapulir-se com 2 tiros atrás.
Das abatidas, no final da manhã, um ou dois perdigões reais.

Manhã perfeita.

Ao almoço uns lombinhos de porco preto e uma açorda à alentejana na D Amália em Aldeia de Palheiros, tudo acompanhado com um encorpado " .com" que nos aqueceu a alma para o regresso.

Obrigado companheiros, pela excelente companhia e empenho em cobrar meia dúzia de "patirojas", como dizem ali ao lado os nuestros hermanos.

No meio disto tudo notou-se 1 ausencia. O excelente coonpanheiro de caça e amigo P.

Combinamos agora, voltar a Ourique, desta feita numa caçada com mais espingardas e mais cães.

Há por lá ainda muita perdiz e lebre que tem de ser "entalada".

Abraço amigo.