sábado, outubro 19, 2013
Vidigueira 2013
Vidigueira
19 Outubro
Orientados para uma caçada às perdizes e lebres totalmente selvagens, em ZC com 1.800 hectares,
calhou-nos "em sorte" ir caçar o olival da Herdade e alguns pastos ao seu redor.
Quer-me parecer que "a volta" deveria ter sido feita pelo sentido inverso ao que fizemos.
Isto é, desalojar primeiro as perdizes e lebres que estavam dentro do olival ( e não eram poucas ) e
conseguir "colocá-las" nos pastos mais altos e densos, em redor.
Em vez disso, passámos primeiro pelos pastos, onde só o G. capturou uma lebre, e depois, dentro do olival, elas andaram toda a manhã a brincar connosco.
A caçada estava preparada pelo Dono da Herdade, para a existência de batedores da zona e colocação de Portas.
Porém, a nossa linha - composta por 8 espingardas - estava era preparada para caçar de salto, pelo que rapidamente desfizemos a confusão com o Dono e abrimos uma linha de caça de salto.
Obviamente que, num olival daquela dimensão, as perdizes e lebres "brincaram" literalmente connosco, ouvi-las e vê-las levantar voo ao longe foi a regra... e o melhor que conseguimos.
Nem uma caiu. As lebres fugiam de um lado para o outro, dentro de tiro e fora de tiro, pois havíamos recebido ordens rigorosas de não atirar às lebres ou coelhos dentro do olival, devido às mangueiras da rega gota a gota.
Aproveitamos, assim, depois de passarmos o olival, algumas dezenas de hectares de bons pastos, e derrubámos 9 bons exemplares.
De salientar o trabalho da Inka ( onde vai esta cadela parar?) que, após as grandes chuvadas da noite anterior, as ia procurando junto às valas das ribeiras. Onde vai a cadela buscar este instinto?
Desalojou duas, dos juncos das ribeiras, que, mesmo saindo que nem setas, caíram, certeiras, com B& Pellagri, 34 gr, Ch 6, F2 Classic.
O prazer de ver a cadela cobrar as 2 lebres e trazê-las, para mim, penduradas nos maxilares, é algo de indescritível no que se refere ao prazer que sinto nestas alturas.
As botas, essas, transportavam 1 kilo de lama em cada pé, o que dificultava sobremaneira a caçada.
Como nota de grande realce, um porco ( negríssimo javardo ) que se levantou por trás de mim numa vala, onde estava deitado, e levou logo com 2 cartuchos de 6. Parou algumas dezenas de metros à frente , sintomático, de que lhe fiz "cócegas" com os tiros. Ainda recarreguei a Beretta, mas o animal atirou-se para dentro de um barranco pequeno.
"Ó Gonçalo, ó Gonçalo" - anda cá depressa para ver se derrubamos este porco. Mal gritei e enquanto corria, o porco galgou o barranco para terreno limpo e atravessou as terras todas pela nossa frente, escapando, a galope, algures para bem longe. Ah, que falta fazia ali uma bala ou uma boa carabina.
No final acabámos todos sentados num Restaurante da Vidigueira, à volta de um bom ( bom não, óptimo) ensopado de borrego, bem regado com o excelente vinho tinto e branco da região.
PS.: Já se conseguiu observar uma bela entrada de tordos, isto é, terão entrado de noite enquanto chovia (?), pois no olival estavam seguramente... às dezenas.
Um abraço amigo.
Sérgio Vieira