quinta-feira, dezembro 04, 2014

Giões - Moinho do Monte Novo - Mértola












 














Novembro 2014
Moinho do Monte Novo


Logo após o almoço em São Miguel do Pinheiro, estávamos "mortinhos" por ir ainda dar uma "bicada" às "perdizes do Fernando" no Moinho do Monte Novo.

Bem pensado, bem dito e  bem feito, eu, o Paulo e o Luís 'voámos' nos carros cerca de 10 km e quando lá chegámos foi só tirar as espingardas das fundas, abastecer as cartucheiras com alguns cartuchos, soltar os cães e ir dar uma volta de +/- uma hora ainda antes de cair o sol.

A Inka, a atravessar o período do cio, de volta de uns arrifes, desinquieta-me um coelho que virou para trás mas para o lado errado: para o meu. Cobrado, meto-o dentro do bolso do ladrão do colete e sigo a caçar. O sol cai rapidamente no horizonte. As perdizes já só se ouvem o voo, em fuga. O Luís embrenha-se no projecto de pinheiros e desfere alguns tiros.

Era já quase noite escura quando regressámos os 3 ao Monte, espingardas abertas e passo apressado. O Luís tinha cobrado um coelho. O meu, quando meti a mão no bolso de trás para o retirar...encontrei-lhe o sítio. Tinha-me esquecido de puxar para cima o fecho do bolso e, lamentavelmente, o coelho acabou por cair algures durante a caminhada.

Duche tomado e fomos jantar ao Brasileiro a Mértola. Que melhor combinação do que uma açorda de bacalhau à alentejana, acompanhada com um vinho espumante bem gelado, do norte ?

Esperávamos um sol radioso no dia seguinte. Após noite bem dormida, abrimos as portadas das janelas e verificámos que tinha chovido quase toda a noite e o céu apresentava-se cinzento, ameaçador de chuva, desagradável. Que desalento!

A manhã, devido ao estado dos terrenos, lamacentos, estremamente difíceis de caminhar, foi de grande esforço para as pernas e corações. Fomos para os Giões, terras de estevas e barrancos e, mesmo assim, recordo-me de ter lama até aos joelhos. Só no topo dos cabeços é que ainda se conseguia andar em condições razoáveis.

As perdizes a que nos habituámos, desta vez vimos muito menos, certamente escondidas nos barrancos intransponíveis, falhámos muito mais,  devido ao cansaço, mas,  ainda assim,  conseguimos excelentes  tiros, a grandes alturas,  e acabámos por fazer uma bonita percha.

Aos meus pés, não me esquecerei do par de lebres que se escondiam perto de um regato e que arrancaram em grande velocidade.
Ficou uma. O macho.

Já perto do almoço abriu o dia, até ao final da tarde, com um sol maravilhoso, como que a zombar de nós.

Abraço amigo.