quinta-feira, novembro 19, 2015

De volta a Beja.



Primeiro dia. Boa caçada.

Procurando a lebre

Ainda fui à procura de um coelhote mas lavraram tudo.
As lebres foram as da manhã.

Sem ela, nem um décimo conseguiria.

Ao final da tarde.













































































Salvada
Beja
15-11-2015


Se no dia anterior as coisas até estiveram a correr de feição para o meu amigo PL, já no que me diz respeito posso garantir que o dia esteve claramente do lado da caça.

Caçando praticamente lado a lado, o PL lá foi paulatinamente emoldurando a sua bonita percha de 10 codornizes, uma lebre, um  coelho ( podiam ter sido 2 ou mesmo 3) e uma perdiz daquelas com calos nas patas.

Da minha parte, cadela desconcentrada ( está a entrar no cio) logo, dono desconcentrado, codornizes falhadas umas atrás das outras, cupo de 4 ou 5 delas e pouco,aliás, nada mais.

À noite, juntei-me aos nossos habituais amigos dos patos, em Santa Luzia,  mas foi, para prosseguir na mesma senda do meu "espectacular" dia de caça, o pior dia de patos que tivémos até hoje. Abatemos 7 ou 8 reais, nada mais.

No dia seguinte (o PL tinha regressado de véspera a Lisboa) decidi a estratégia: Dar caça às lebres!

Às 07h15, já no campo, agora sem companhia de cão, a Inka caçava de forma exemplar, muito diferente do dia anterior, mas que me deixou  a pensar que também os animais 'pensam menos na caça', nestas alturas.

Caçar à lebre é um estilo e um ritual que obedece a diversas vertentes de conhecimento.

Há que levar em linha de conta variados factores, a temperatura do dia, o tempo que fez e faz, e procurá-la nos sítios certos, aqueles que a experiência nos ensina que elas estarão. Só os anos e a experiência nos dão esses conhecimentos.

Com vento já frio, a lebre procura, nestes dias de sol, as restolhadas macias que circundam os olivais. Gostam de fazer a cama na terra amaciada e há que aí ter paciência e procurá-las com minúcia. Parar de vez em quando, fazê-las sentir que lhes estamos a invadir o território, deixando o nosso companheiro procurar à vontade mas não lhe dar 'muita trela' pois, assim, irá levantá-las longe e sem hipótese alguma de tiro.

Do lado sul do que chamamos o olival do espanhol e virados para a estrada de Quintos os restolhos expostos ao sol da manhã logo ali nessas orlas do olival e até ao rio que corre por baixo da estrada de alcatrão, esses, neste dia,  foram os meus locais predilectos.

Uma a uma, consegui capturar 4, deixar a Inka correr mais 2 sem hipótese de atirar fora de tiro e cometer a proeza de levantar um par delas aos meus pés e falhar ambas, um tiro para cada uma e lá foram as 2.

Após o almoço, hesitei entre ir para o Guadiana às perdizes ou ir tentar o cupo das 10 codornizes.

Como estava muito cansado da véspera, optei pela caça mais divertida, menos emocionante mas muito mais divertida e carreguei os bolsos do colete com B&P MB Extra Ch9 - 30 gr.

E aqui, a Inka, esteve uma vez mais absolutamente irrepreensível. Corria uma leve brisa  de vez em quando o que permitiu paragens lindíssimas. De permeio,  perseguições com guias de várias dezenas de metros, nariz no chão no rasto, paragem, levante, tiro e cobro. Diversos.

No final a foto com o cupo legal e um regresso feliz a casa, sem sobressaltos.

Na segunda-feira, no trabalho, é que foi o pior. É sempre assim, após um "tareão " de 2 dias. Mas na terça, já estava novo e pronto para outra.

Um abraço amigo