quinta-feira, outubro 06, 2016

Suadas, muito suadas...!




Inka, hoje, esteve muito bem.




















05-10-2016
Salvada - Beja

Este ano, com o restabelecimento deste feriado, apesar das projecções de temperaturas de 31/32 graus para a zona de Beja ( projecções alcançadas)  resolvi, ainda assim, enfrentar essa dificuldade, que não é pouca, e ir tentar algumas codornizes de salto.

Os resultados têm sido muito mais fracos quando comparados com anos anteriores, não só devido à vaga de calor/seca que se tem feito sentir de há alguns meses a esta parte, mas também à substancial alteração das culturas que, nesta herdade,  passaram a existir, essencialmente provenientes do regadio ( plantação de olivais e milho, tudo em grandes áreas de cultivo).

A acrescer a isto, os agricultores começam já nesta altura a lavrar as terras e restolhos,preparando já o solo para as próximas chuvas.

A área caçável, vai, assim, aos poucos, reduzindo, mas por aqui ainda se consegue "vasculhar" alguns bons cantos onde estas aves acabam também por se acomodar, aguardando que a mãe natureza as chame de volta a terras de África.

Esperarei o corte dos milhos e as chuvas que, se Deus quiser, por aí hão-de vir, para melhor aferir se as codornizes andam ou não escondidas nos milheirais.

Quanto às codornizes da jornada de hoje, umas paradas pela cadela que, apesar do calor, esteve particularmente bem, outras por mim levantadas, foram quase todas capturadas,com muita paciência, em 2 valas onde ainda corre alguma água.

Óptimo trabalho de cobro por parte da Inka atendendo à dificuldade em ver onde a maioria caía, sempre do lado oposto das valas, face à vegetação alta que as rodeia.

Algumas ( bem) falhadas, impediram-me de conseguir o cupo legal de 10 aves.

Quanto às lebres, para eu mais tarde recordar:

1ª - a caçar na antiga linha de caminho de ferro de Quintos, completamente coberta de pastos altos e outros matos, saiu-me uma "ruça" debaixo dos pés em galope, direita ao olival. Ainda chegou à primeira fila de oliveiras mas tiro enviesado alcançou-lhe as patas traseiras e rapidamente a Inka "apareceu" do meu lado e foi ao cobro. Nada mais bonito do que um bom cobro de uma lebre.

2ª - já de regresso ao carro, num cabeço alto, forrado de pasto, a Inka ( com ligeira brisa)  estaca de frente e a lebre arranca, poderosa, em desenfreada correria. Primeiro tiro atrasado, e ao segundo, quebro-lhe, também, as patas traseiras. O cobro, esse, foi praticamente imediato.

Por aqui deixo, também, registado o lance de um coelho que escapou:~

A Inka, já visivelmente esgotada com a temperatura( já vinha no regresso ao carro) entra numa pequena vala junto a uma vedação de arame farpado. Tive vontade de lhe dizer ou obrigá-la a de lá sair, pois sentia que a cadela estava a passar por dificuldades físicas, mas a sua nobreza e obstinação fê-la calcorrear ainda mais alguns metros lá dentro,  completamente coberta de mato atrás daquele cheiro que tão bem conhece.. O coelho, esse, saltou da vala/vedação mas lá bastante mais à frente, em frenética correria. Dois tiros de MB extra 30gr ch9, muito pó levantado à sua volta, mas não foram o suficiente para o segurar.

As tocas, onde se refugiou, estavam mais à frente, numas oliveiras velhas.

No carro, verti lentamente meio garrafão de água por cima da cadela e ela foi refrescando até recuperar totalmente.

Quando chove??

Abraço amigo