segunda-feira, outubro 06, 2014

Abertura Geral 2014



Abertura Geral na ZCT Ourique

Prazer muito particular pois vimo-las crescer

No dia seguinte, nas planícies de Beja









































04 e 05 de Outubro de 2014

Apesar do calor que se fez sentir no dia 04, com reflexos notórios na bravura das perdizes, fizémos uma volta de caça que, para primeira vez, naqueles terrenos, entendo ter sido muito bem planeada.

O comportamento das perdizes que ali nasceram e que os alentejanos chamam "do campo" mas que eu chamo "das antigas",  dignificou bem a nossa caçada. Com somente 3 espingardas e contando só com a ajuda isolada da braco Inka,  enfrentámo-las, como soi dizer-se: de "peito aberto".

Infelizmente,  o Sado, do amigo Paulo L., que muita falta fez, foi atacado e mordido, praticamente na véspera, por 2 pastores alemães, estando, no entanto, apesar de todo "cozido", já livre de perigo, mas, ainda assim, a necessitar de repouso absoluto seguramente por uma ou duas semanas.

É certo que a grande maioria das perdizes esgueirou-se do alcance dos nossos tiros, em voos furtivos, rápidos e planados. Mas mesmo assim, neste contexto, só com 3 armas e um perdigueiro a ajudar-nos, o amigo Paulo e o Gonçalo conseguiram, sempre em circunstancias difíceis mas com certeira pontaria, derrubar um par delas cada um. Da minha parte tomei conta das lebres e cobrei também um par delas, ambas muito bem paradas nos pastos, pela Inka.

Capturámos, assim, 4 perdizes e 2 lebres.

Estando na terra do porco preto, o taco foi composto,  para além de um ou 2 queijinhos laminados e pão alentejano, por um paio delicioso e um vinho que o Gonçalo levou, da Vidigueira, que não esqueço,  pois é um autêntico nectar dos deuses: marca Vinho dos Sócios. Quem for enólogo ou bom entendedor nestas matérias certamente que o reconhecerá e saberá bem das suas qualidades e que não se comercializa.

Voltámos, para Beja, ao fim da manhã, dentro do meu peito um forte desejo de desforra a dar em breve àquelas perdizes de Ourique e, à noite, ainda fomos esperar os patos a um açude. Entraram somente 3 reais, já com a lua a revelar todo o seu esplendor e... fugiram 2.

No dia seguinte, depois de uma noite muito bem dormida, surgiu-nos um dia muito mais fresco que o anterior. A Inka, nesta manhã,  conseguiu levantar mais 4 lebres... e fugiu uma.

Ainda tivémos o arrojo de, com 2 armas, irmos tentar o confronto com 1 bando de perdizes que sabíamos terem nascido ali dentro de um olival bem perto, do nosso conhecimento.
Fugiram todas mas o amigo Paulo ainda enganou uma e conseguiu-a pendurar à cintura.

Com o acréscimo de mais 3 ou 4 codornizes, acabámos por tirar uma "selfie" com as 3 lebres capturadas de manhã, a perdiz e as "codornas" em mais uma jornada que, de imediato, logo ali nos deixa saudades de voltar.

No regresso, já depois de Figueira de Cavaleiros uma grande operação stop, da GNR, verificou-me minuciosamente todos os documentos, armas, caça, licenças, guias de transporte etc. Estando tudo em ordem, ainda cheguei a casa para ver o meu Benfica ganhar por 4-0 e jantar, à noite,  com o meu filho mais velho.

Saldo final: 5 perdizes, 5 lebres, 1 pato e 4 codornizes.

Abraço amigo.