domingo, novembro 02, 2014

As bravias perdizes de Ourique





















02-11-2014

Uma jornada de caça muito difícil de esquecer.

Difícil de esquecer porque razão?

Porque correu tudo na perfeição.

Começámos a caçar, sem pressas , às horas que escolhemos.

Defenimos, logo no início, em pé,  ainda encostados ao balcão do café de Ourique, em cima de um guardanapo, uma estratégia de ataque aos bandos, face à configuração da Herdade e aos poucos recursos que dispunhamos.
3 espingardas, a Inka e uma espingarda de porta do Tio H.

A estratégia é de sucesso.Retirar as perdizes do montado e dos arrifes no meio das semeadas, tentar 1 ou 2 abates e dispersar as perdizes para os pastos altos.

As querenças de fuga já as vamos adivinhando.

Muitas escapam-se para fora do couto.

O Tio H. hoje, por meia-hora, 45 minutos resolveu ir dar uma volta de salto, devagarinho.
Fugiu-lhe uma lebre aos pés. Deixou-a ir com 3 tiros atrás. Acontece aos melhores, certo?


O G. fazia a extrema. Atirou-me literalmente um bando cá para baixo, de asas abertas. Mão corrida e perdiz derrubada, "sem espinhas". As outras passaram por cima do O.que não lhes perdoou. Tiro e queda como soi dizer-se.

A Inka teima em dar-me caça. Atirei, mais tarde,  a uma outra perdiz que caiu de asa e desata a correr para a ribeira. Desta vez, a cadela fez um trabalho de mestre. Nariz  no chão, por vezes no ar, vento de feição, cobra-me uma perdiz seguramente a uns 100 metros de distância só com trabalho de nariz.
A minha alma rejubilou quando a vejo sair, altiva, de dentro dos juncos da ribeira, cabeça ao alto com a perdiz viva na boca.

Mais tarde , dentro da ribeira, num andamento vivo, super-rápido, nariz no chão e coelho a escapulir-se com 2 tiros atrás.
Das abatidas, no final da manhã, um ou dois perdigões reais.

Manhã perfeita.

Ao almoço uns lombinhos de porco preto e uma açorda à alentejana na D Amália em Aldeia de Palheiros, tudo acompanhado com um encorpado " .com" que nos aqueceu a alma para o regresso.

Obrigado companheiros, pela excelente companhia e empenho em cobrar meia dúzia de "patirojas", como dizem ali ao lado os nuestros hermanos.

No meio disto tudo notou-se 1 ausencia. O excelente coonpanheiro de caça e amigo P.

Combinamos agora, voltar a Ourique, desta feita numa caçada com mais espingardas e mais cães.

Há por lá ainda muita perdiz e lebre que tem de ser "entalada".

Abraço amigo.