sexta-feira, novembro 29, 2019

A nossa paixão em terras de Mértola: a Perdiz Vermelha !


















Mértola


Terceira caçada na Herdade de Santa Maria, São João dos Caldeireiros.

Como em tudo na vida, tudo o que é acossado com alguma frequência, adquire novos e aperfeiçoa os seus habituais  instintos e mecanismos de defesa.

Imagino nestas terras os ainda existentes e sobreviventes bandos de perdizes, avançada a época de caça já em finais de Novembro, a verem ao de longe uma linha de caçadores e diversos cães pela frente a esquadrinharem os terrenos e a aproximarem-se dos seus locais.

Inquietas e já sabedoras de que se trata da caça à sua própria espécie e da possibilidade de serem capturadas pois viram diversas irmãs a caírem ao sabor dos tiros, já saltam longe, largas,  e fazem grandes voos a perder de vista, defendendo-se o mais eficazmente possível do troar das espingardas.

É a luta entre caçador e as perdizes, onde, nesta altura,  já  estas últimas ganham grande vantagem sobre nós , pois não se deixam iludir. E apesar de continuarem a haver quadros de caça no final, vejo claramente que as que escapam são claramente muitas mais do que as que caiem.

Onde elas por vezes se enganam é nas trajectórias de voo.

Algumas,  que acabam por ser mais retardadas "a sair", enganam-se e cruzam  a linha de caçadores que vai em marcha, dando sobretudo possibilidade aos pontas de enrolo e contra-pontas e permitindo belos tiros de passagem.

Já há menos perdizes, isso é certo e normal, mas aqui,  as suas qualidades de genética e de bravura leva-nos a fazer nestas jornadas entre 10 a 20 km de arma em riste, por dia, na perspectiva de conseguir pelo menos um ou dois exemplares destes.

Na foto acima, já não sendo o quadro final de caça, a linha esteve (muito) bem no seu desempenho e conseguimos 30 belos exemplares, sendo que 14 eram perdigões e 2 deles eram "reis do bando" ou ditos  "reais".

Abraço amigo.