29-09-2023
Mértola
Com temperaturas máximas esperadas e logo confirmadas, na ordem dos 38 graus 😨estávamos algo apreensivos sobre o sucesso desta jornada de caça ao coelho bravo .
O local eleito foi algures ali para os lados de Mértola.
Os intervenientes a caçar com armas foram unicamente dois, os que sorriem na foto acima, mas o principal ator foi o RUI, jovem ali da Mina de São Domingos que, com a sua matilha maravilha de cães coelheiros desbravou, sem medos, tudo o que lhe apareceu pela frente, pronunciados cabeços de giestas secas e partidas, valas de sargaços velhos, pedras e rochas de xisto.
Um quadro digno de toda esta seca extrema que infelizmente tem assolado o nosso País vai para dois anos.
Pois, o RUI levou tudo isto pela frente, mais ou menos a pente fino, pois a caçada é a exposta e generosa mas os coelhos que fugiram sem levarem tiro ainda foram mais que muitos, o que sempre é bom sinal.
"Finos" , ali nasceram, cresceram e cedo se habituaram a esgueirar-se e fugirem aos predadores, dão muito trabalho a caçar, lá isso dão, uns escapuliam-se para a frente, outros para trás. Como éramos somente duas espingardas, a caçar lado a lado com o RUI, os orelhudos que, nesta altura, já têm a escola toda, ludibriavam-nos e fugiam quase sempre para os lados certos ( para eles ).
Nada demais. Tudo aquilo é puro divertimento pois este ano os coelhos criaram bem, com alguma abundância, e sempre escaparam alguns : para " o nosso lado certo "😉!.
Nesta modalidade de caça o tiro é ultra divertido, os coelhos sempre super irrequietos, totalmente imprevistos, escapam aos cães que nem setas por dentro do mato, e a nós obrigam-nos a acelerar o passo, muitas vezes até a correr e apurar a pontaria sempre que de lá saem em grandes correrias para novos matos vizinhos, onde se procuram esconder. Há então que ser rápidos e não os deixar lá chegar.
No final, por volta das 11 horas da manhã, o calor abrasador e impiedoso já não deixou caçar mais.
O RUI, excelente companhia e com total paixão pela caça ao coelho, com o seu vozeirão lá comandou e bem os seus canitos, retirando o máximo que podia deles, e ajudando, atirava pedras para tudo o que era mato e batia constantemente com um pequeno cajado no que lhe parecia que poderia existir ou estar um coelho alapado.
Uma bonita jornada de caça aos coelhos, à antiga, fazendo relembrar bons e velhos tempos que nos deixaram muitas saudades.
Até breve.
Um abraço amigo