segunda-feira, outubro 02, 2017

Sem desistir.

Começar o dia bem cedo

















Salvada - Beja
Caçada à codorniz.


Apesar do paupérrimo ano de chuvas, ausentes do nosso país desde há largos meses,  e, por consequência disso, as terras encontrarem-se num estado tal de secura que só pode mesmo é redundar em fracas prestações dos nossos cães, ou, no limite, prestações menos conseguidas, lá estivemos de novo em busca destas belíssimas aves, por terras de Beja.

Desistir não faz parte do nosso vocabulário.

Como habitualmente, muitos lances ficam-nos agradavelmente na memória, mas outros há que perdurarão para todo o sempre.

Agradam-me os cães combativos, com capacidade de sacrifício, que dão tudo, que não se furtam à luta com as "africanas". O cão de parar não se deve confinar a uma bonita paragem e a um bom nariz. Para isso vamos para um campo de treino e com caça de cativeiro desfrutamos, como muitas vezes vemos nas redes sociais.
Deverá, quanto a mim,  haver muito mais para além disso. É, entre outras particularidades,  no cobro que se deve também destacar o cão de parar e, sobretudo nesta caça ainda veranesca, cobrar codornizes que caiem a 30 ou mesmo 40 metros de distancia, em altos pastos ou dentro de valas cobertas com vegetação onde as temperaturas no seu interior rondarão seguramente os 45/50 graus, não é para todos os cães.

Recordarei para sempre, com saudade, desta jornada, um cobro da minha cadela Inka, braco alemão, que, numa profunda vala onda havia sido abatida uma codorniz "de asa", entrou, à minha ordem, na vala para efectuar o cobro. Desaparecida no seu interior a cadela saiu, alguns (bons) minutos depois, cerca de 15 metros mais abaixo, de dentro da vala com a ave na boca e, suavemente, mas a arfar profundamente, em claro sofrimento, veio orgulhosamente depositá-la nas minhas mãos.

Abraço amigo.