segunda-feira, outubro 15, 2018

Caça em Mértola - dia 1


A meio da manhã.

Resultado de 2 espingardas, no final .









































Moreanes
Mértola
13-10-2018


Com nova janela de oportunidade aberta pelo Gestor de caça desta Herdade, para caçar neste fim de semana, saímos de Lisboa por volta das 17h00 e rumámos para sul, na véspera, para ali dormir e integrar um grupo que caçaria nos dois dias seguintes.

Na que já consideramos talvez uma das melhores reservas de caça deste concelho no que à qualidade da caça respeita, escusado será referir que os níveis de satisfação e, porque não? - alguma ansiedade,  nos invadiam na viagem de ida,  e ambas eram bem substantivas.

Paragem habitual em Mértola, confortados os estômagos com um saborosíssimo ensopado de borrego, um tinto,  desta feita do Douro, rematámos com o habitual doce de ovos e frutos secos, o torrão real,  e seguimos caminho.

Às 07h00 da manhã seguinte, dia da caçada, os caçadores iam-se juntando, a pouco e pouco, cumprimentando-se entre si, antes do lauto pequeno almoço preparado pela organização para a longa manhã de caça que nos esperava. Os reconfortantes e quentes ovos mexidos, as compotas e mel puro, pão e queijos frescos na mesa, enchidos e outras iguarias, e um expresso bem forte no final servem e cumprem perfeitamente para o efeito pretendido, dar força às pernas.

Já no local do inicio da caçada, após cartucheiras cheias e espingardas montadas, um espesso manto de nevoeiro impedia-nos de começar pelo que ai estivemos à conversa até surgirem as condições mínimas para iniciar a jornada com segurança.

Sem entrar em grandes pormenores de lances individuais com a minha cadela braco, prefiro destacar a parte organizacional da caçada. Com pontas de enrolo bem posicionadas, também a matar caça, e com eficácia, a linha de caçadores bem articulada com a ajuda de 3 colaboradores da herdade a comunicarem entre si com intercomunicadores, as perdizes eram obrigadas depois de um ou dois longos voos, a levantes e a cruzarem as diversas posições com belos tiros de passagem, muitos a alturas consideráveis.

Também as lebres já começam a aparecer com mais frequência e, quer de levante, quer de fuga cruzada à frente da linha, sempre foram dando algumas boas oportunidades de tiro e cobro pelos cães.

Neste dia, pareceu-me irrepreensível a condução da linha e, tirando um ou outro pormenor de somenos importância, os resultados finais, de que não tenho foto,  foram muito interessantes.

Ao almoço, para além das entradas, umas macias bochechas de porco com arroz, batata frita e salada, acompanhadas com vinhos maduros da zona de Mértola, tudo contribuiu para uma sã e divertida convivência.

Durante parte da tarde, alguns mais fervorosos ainda foram pescar alguns (bons) achigãs aos açudes, na modalidade de pescar e soltar de novo, enquanto que outros dedicaram-se à espera dos patos que, nesta fase, sabidos, já dão muito poucas hipóteses.

O vento sul que se fazia sentir, cada vez mais forte, antecipava  trovoadas acompanhadas de chuva durante a noite, pelo que as expectativas para o dia seguinte eram igualmente elevadas.


Abraço amigo.