quinta-feira, dezembro 06, 2018

Dia da independência



















Mértola, 01-12-2018

A celebrar o dia da Restauração da Independência de Portugal, estivemos foi por terras de Mértola, em belíssima jornada de caça de salto à perdiz vermelha.

Já com a manhã a nascer, na foto acima, inundando o céu de ricos tons de alaranjado, prenúncio do melhor tempo possível para este dia, tomámos o pequeno almoço e saímos directamente do Monte, estrada fora, 7 ou 8 caçadores, de espingardas  ao ombro e com os cães perdigueiros a correrem e a saltitarem pela frente.

Ultrapassado um olival velho ali existente que alberga sempre um bando de perdizes, mas que não deram tiro, curioso foi que, as primeiras peças de caça a serem por mim avistadas foram... 3 grandes javalis, enxotados pela linha de caça e em corrida desenfreada pelo monte abaixo, passando-me a cerca de 30 metros, bem destacados. Em Montaria seriam, decerto, belos alvos aproveitados pelos monteiros. No entanto, abstive-me de atirar, claro, com chumbo 6 na espingarda nada faria, limitando-me a observar a sua longa corrida pelo montado, que culminou em rebentarem estrondosamente com os arames farpados junto a uma estrada, esgueirando-se então para o lado oposto.

Minutos mais tarde, realço lance com perdiz fugida da linha de caçadores, voando de través, da minha direita para a esquerda,  a uns bons 40 metros de distância. Pareceu-me ter sido um tiro certeiro da minha parte, pois a ave enrolou-se toda no ar e caiu, "redonda",  baqueando no solo. Chamei a Inka que não tinha visto o lance, e dirigi-me com o V.B., na foto,  para o local, para apanharmos a perdiz. No sítio, 3 ou 4 penas avistadas , mas, da perdiz, nada. Tinha, seguramente, escapado, a patas,  aproveitando a vegetação rasteira. Voltei a chamar a Inka, que tinha desaparecido do local, pois seria a nossa única hipótese de ajuda já que, depois de voltas e mais voltas,  não havia meio de encontrarmos a ave. Mas a cadela não voltava e já desesperávamos dando a perdiz como perdida, quando, subitamente, saindo por entre umas pedras e a uns bons 100 metros, aparecia a Inka,  com a perdiz na boca!. Grande alegria e grande trabalho da braco alemão. Siga!

O resto da manhã decorreu, alegremente,  entre lebres paradas e corridas pelos cães, tiros certeiros e bons cobros, perdizes a fugirem e a caírem das alturas, derrubadas também por tiros certeiros, oferecendo belíssimos lances de caça.

Recordo, dentro de um amendoal, 3 ou 4 perdizes a surgirem, fugidas da linha, de asa aberta, altas, para passarem por cima de uns eucaliptos junto à estrada e refugiarem-se na reserva ao lado. Na ponta de enrolo, na direita da linha, o P.L. aponta e,  em "tiro de rei", acerta numa que, desamparadamente, cai, com estrondo, de certeza sem nunca ter sabido o que lhe aconteceu, tal o irrepreensível impacto do tiro.

Construídas as belas perchas da manhã, esta zona de caça continua a provar, para nós,  ser uma das melhores do concelho, quer em rolas no verão, também muito pato e torcazes no inverno, e caça geral nos meses de outubro, novembro e dezembro.

Abraço amigo.