A meio da manhã |
No final da jornada |
Cortegafo
Mértola - 22/12/2019
Como combinado na véspera, às 08h30 todos chegávamos britanicamente ao ponto de encontro, para, logo ali, após os habituais cumprimentos mas sem delongas, se iniciarem as trocas de impressões sobre qual a melhor estratégia de abordagem à extensa herdade de cerca de 2.000 ha, por forma a reunir as melhores condições possíveis para tornar num êxito, esta última caçada de 2019.
Identificados pelo dono da herdade os melhores locais com mais abundância de bandos de perdizes e a melhor forma de os "atacar" desenrolámos harmoniosamente a linha de caçadores através de projectos de pinheiros e (penso que eram sobreiros ). Cães pela frente, espingardas aperradas, cedo começámos os levantes e, nada fáceis ( neste local as perdizes nascem todas no campo ) ,chegámos a meio da jornada algo desapontados dado o escasso número de capturas.
Da minha parte estive com sorte, uma vez mais ( obrigado Sto. Huberto) e consegui, até àquela hora, 2 belos exemplares, sendo um deles um perdigão real com 2 pintas nas penas na cauda.
Aqui não há "taco", só uma águas são rapidamente distribuídas e as espingardas têm de subir de novo para as costas para retomar a caçada.
Para mim é mito dizer que a perdiz do campo, a selvagem, não se deixa parar. Errado. Deixa-se parar sempre que se encontre aterrorizada, seja porque circunstancia for. O meu braco alemão, em paragem de grande estética ( sempre é um field trialer) segurou uma perdiz a cerca de 20/25 metros, com os ventos pela frente. A ave estada deitada no solo, dentro do pasto, esperando não ser encontrada e deixando o perigo passar. Mas o Jeep numa guia muito bonita e excitante, galgou mais ou menos uma dezena de metros e a perdiz já não resistiu. Sentindo-se descoberta arrancou, possante, em voo rasante. Esta foi-se embora, de frente, e com dois tiros por mim escandalosamente falhados.
A segunda volta correu bastante melhor. O dia solarengo mas com uma brisa q.b. trouxe bons resultados. As perdizes , já muito tresmalhadas ao final da manhã, começaram a ter medo e a levantarem para trás, em altos voos, proporcionando à linha belos tiros de passagem. Dificilmente esquecerei alguns desses tiros e cobros dos cães, pela beleza que aportaram aos lances de caça.
Ainda tive a sorte de capturar um coelhote que se levantou em fuga atrás de mim. Não chegou às inúmeras covas que por ali existem.
No final, uma percha de de 3 aves , 1 coelho e 1 lebre.
Mataram-se muitos perdigões e ainda ficou o ensejo de voltar para tentar capturar mais alguns e equilibrar o racio machos/fêmeas.
Será? A ver vamos.
Um abraço amigo